Presidente Dilma fala sobre etanol de arroz em seu programa de rádio
Paula Barboza Ramos, 22 anos, empresária de Jacinto Machado (SC) - Como vai ficar o preço da saca de arroz?
Presidenta Dilma - Os preços do arroz neste ano estão bem menores do que no ano passado. Isso aconteceu, Paula, porque a produção - quase 100% concentrada no seu estado e no Rio Grande do Sul - foi muito superior ao potencial de consumo. Isso é bom para o consumidor, mas pode desestimular o produtor. Por isso, o governo realizou leilões em fevereiro e março para a compra direta do grão, apoiando a comercialização de 2,15 milhões de toneladas. Na semana passada, o Ministério da Agricultura anunciou novos leilões. No total, o governo está investindo, desde fevereiro, R$ 1,1 bilhão para apoiar a comercialização de 3,65 milhões de toneladas. Como o Ministério concluiu que o problema não é apenas temporário, será formado um grupo de trabalho com representantes dos governos federal e estaduais e membros de entidades dos produtores. O grupo vai estudar medidas estruturais que possam dar mais segurança à cadeia produtiva, como outros aproveitamentos para a área utilizada, novas destinações para o arroz - por exemplo, a fabricação de etanol - e atividades alternativas para produtores. Estamos acompanhando a evolução do mercado do grão e a previsão é de que os preços vão reagir nos próximos 60 dias. Mas, se for necessário, outras ações serão implementadas.