Operações de arroz da Conab devem somar 15% da colheita

Publicado em 22/08/2011 08:57
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está realizando operações de comercialização que deverão totalizar 2,3 milhões de toneladas de arroz neste ano. O volume corresponde a 15% da produção nacional. O objetivo é retirar o produto de circulação e aumentar o valor da commodity, em baixa desde o fim do ano passado. Em janeiro deste ano, o valor de mercado estava 7% abaixo do preço mínimo.

As operações estão divididas em 1,3 milhão de toneladas de subvenção do Pepro (Prêmio Equalizador pago ao Produtor) e PEP (Prêmio para Escoamento de Produto), 700 mil toneladas de opções públicas futuras, que podem ser exercidas até 31 de agosto, e 300 mil toneladas de Aquisição do Governo Federal (AGF).

A produção recorde na safra 2010/11, 14% maior que a média das últimas cinco temporadas, contribuiu para que os preços chegassem a níveis abaixo dos custos de produção. "O nosso objetivo é levar o preço do produto na safra 2011/12 até um patamar mais vantajoso para o produtor do que na safra deste ano", diz o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto. O preço, segundo ele, começou a cair no fim do ano passado.

Conforme Porto, a ação já gerou resultados. Apenas no mês de agosto, o preço do arroz subiu 9,81%. Em junho, o aumento de preço a produtor havia sido de 0,96%. "A expectativa é que os preços cheguem aos patamares do preço mínimo nas próximas semanas com a continuidade das operações", explicou Porto.

A concentração da produção de arroz no Sul do país - cerca de dois terços do total está em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul - contribui para o aumento de preços longe dos Estados. Em Pelotas (RS), comparado o mês de julho deste ano, o valor já é 10,47% superior, mas ainda 14,57% menor que os preços do ano passado nesta mesma época. Os preços estão 7,98% menores que os mínimos da região. Em Pelotas, o fardo de 50 quilos era vendido a R$ 27,79 há 12 meses. Em julho, chegou a R$ 21,49. Há uma semana, a R$ 23,41 - o preço mínimo é de R$ 25,80.

No Estado de Mato Grosso, na semana passada houve elevação de 5,77% em relação à semana anterior no município de Sorriso, onde os preços passaram a registrar alta de 14,58% em relação há um mês. O valor, porém, ainda é 2,59% menor que o preço mínimo local. Há 12 meses, o valor por uma saca de 60 quilos estava em R$ 33,70. Há quatro semanas, era de R$ 24, e na semana passada a média foi de R$ 27,50.

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Fonte:
Valor Econômico

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