Produtores de laranja pedem desoneração do suco ao Governo Federal

Publicado em 18/04/2013 12:17
Com a intenção de aumentar o consumo do suco de laranja no mercado interno, os produtores de laranja entraram com um pedido ao governo federal para que seja retirada a cobrança de PIS/Confins sobre a comercailização do produto. A medida também serviria para aliviar o excesso de estoques, que vem pressionando os preços da fruta. A reunião entre as lideranças dos citricultores com os técnicos do Ministério da Agricultura para discutir medidas de apoio ao setor deve ser realizada hoje.

O setor pede a isenção de 6% do PIS/Cofins apenas para o suco de laranja 100%, o que não inclui produtos industrializados a partir da laranja, como néctares, refrigerantes, refrescos ou suco em pó.

Segundo o presidente da Câmara Setorial de Citricultura, Marco Antonio dos Santos, a desoneração pode não resolver o problema da queda, mas garante uma grande ajuda. A proposta foi apresentada por ele ontem à tarde em audiência pública, durante sessão da Comissão Mista do Senado da Medida Provisória 609, sobre a desoneração dos produtos.

Também presidente do Sindicato Rural de Taquaritinga (SP), Santos participou de reuniões com técnicos do Ministério da Fazenda a fim de explicar a proposta. A desoneração, segundo o presidente, deve estimular laticínios e indústrias envasadoras de produtos longa vida a produzir o suco de laranja puro, uma vez que o preço será menor.

Um estudo do professor Marcos Fava Neves, da Universidade Estadual de São Paulo (USP), mostra que o potencial é de processamento de 200 milhões de caixas de laranja para a produção do suco 100% nos próximos dez anos. A partir do 11º ano, o consumo seria de 50 milhões de caixas. Atualmente, o consumo anual é de 15 milhões de litros, o equivalente a 3,55 milhões de caixas de laranja.

Este consumo movimenta cerca de R$ 37 milhões, quando o mercado brasileiro de bebidas não-alcoólicas movimenta R$ 40 bilhões. "Como a produção de suco de laranja 100% é pequena, a desoneração não vai implicar em perdas de receita para o governo", argumenta Santos.

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Por:
Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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