Greening domina parque citrícola da Flórida, alerta novo relatório americano

Publicado em 24/03/2010 08:34
Todo o parque citrícola da Flórida, o segundo maior do mundo, atrás apenas do paulista, está ameaçado pela doença conhecida como greening, de acordo com diagnóstico do Conselho Nacional de Pesquisa (NRC, na sigla em inglês) americano divulgado ontem. Em relatório de 326 páginas, o conselho prescreve contra o mal a erradicação das árvores infectadas, farto uso de inseticidas e cuidados especiais com plantas jovens.

Nada muito diferente do que já é feito em São Paulo, ainda que por aqui trabalhos de inspeção de pomares e erradicação de árvores doentes estejam sendo revistos por causa da drástica redução das atividades do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) nestas frentes. O fundo é mantido com contribuições de indústrias de suco e produtores de laranja, e estas também são alvo de discussões no momento.

Há 88,2 milhões de pés de citros na Flórida, e a produção não se sustentará, segundo o NRC - que faz parte de uma organização privada - , se a resistente doença bacteriana tiver rápida propagação. Relato da agência Bloomberg lembra que o greening é transmitido por pequenos insetos e ataca o sistema vascular das plantas. Descoberta na Flórida em 2005, a doença derruba a produtividade das plantas.

Em parte por causa do mal, a produção de laranja do Estado americano deverá cair 19% na safra cuja colheita termina em julho, para 131 milhões de caixas. Também com sua influência, a colheita paulista que começa em maio também deverá render menos - cerca de 300 milhões de caixas, conforme estimativas de citricultores.

O relatório sobre o greening teve reflexos sobre as cotações do suco de laranja ontem em Nova York, mas os movimentos financeiros derivados da alta do dólar no mercado internacional prevaleceram e os preços caíram. Os contratos para julho fecharam a US$ 1,45 por libra-peso, queda de 205 pontos.
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Fonte:
Valor Econômico

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