Preços da tangerina poncã em SP se recuperam em 2010

Publicado em 10/06/2010 14:03
Mas a demanda precisa crescer mais, aponta produtores.

A demanda por tangerina poncã in natura está aquecida há, pelo menos, dois meses, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). Desde o início da colheita paulista, em abril, a variedade de sabor diferenciado e fácil manuseio é cotada a preços muito acima dos verificados no mesmo período de 2009.


Na avaliação do economista Arthur Ghilardi, do Centro de Citricultura do IAC, em Cordeirópolis, SP, nos últimos cinco anos a produção e o número de pés recuou acentuadamente, diminuindo assim a oferta da fruta (veja gráfico). “Neste período, os preços estiveram baixos e muitos produtores pararam de cultivar a fruta. Agora, como a oferta de laranja para mesa também está menor, a procura pela tangerina está alavancando as cotações”, explica.


Neusa Frandina, administradora de campo da Fazenda Ana Maria, propriedade do citricultor Raphael Juliano, acredita que demanda pela poncã precisa crescer ainda mais. “O período de colheita, que segue até julho, é muito curto. A fruta é precoce e amadurece rapidamente no período frio, gerando perdas nos pomares”, explica Neusa. A fazenda possui 80 mil pés em produção nos municípios de Guareí e São Pedro do Turvo, totalizando mais de 400 mil caixas produzidas por ano.


“Estamos despachando diariamente ao Ceagesp e para a rede varejista Pão de Açúcar uma média de 600 caixas. O ideal seriam 2.500 por dia”, detalha Regina Martins, gerente de produção da Fazenda Ana Maria, que mantém seu packing-house no município de Porto Feliz. Apesar dos custos produtivos atingirem, em média, R$ 5, a gerente não está satisfeita com as cotações em vigor atualmente. “Como perdemos até 50% da produção na colheita, os preços poderiam atingir R$ 17 pela caixa”, contabiliza Regina.


No início da colheita, em abril, a poncã foi comercializada nas roças paulistas a R$ 10,98/cx de 27 kg, em média, valor 10% maior que o do mesmo mês de 2009, em termos nominais. Em maio, a média caiu para R$ 9,63/cx, mas ainda está 65% acima da de maio do ano passado. Para junho, colaboradores do Cepea comentam que a oferta deve diminuir, o que pode elevar ainda mais as cotações no período.


 



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Fonte:
Campo News

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