Preço do suco dispara com quebra da safra em São Paulo e na Flórida

Publicado em 29/06/2010 07:55
A safra de laranja de São Paulo – estado que concentra cerca de 90% da produção brasileira – será 10% menor neste ano. Conforme estimativa da Associação Brasileira de Citricultura (Associtrus), os produtores paulistas devem colher 280 milhões de caixas (40,8 quilos) no ciclo 2010/11, 30 milhões de caixas a menos do que no ciclo anterior. Confirmada previsão, está será a menor safra dos últimos sete anos no estado. O rendimento dos pomares foi prejudicado pelas chuvas do final do ano passado. A umidade excessiva durante a florada estimulou a proliferação do fungo coletotricum, que causa uma doença conhecida como estrelinha, perda potencializada também com o greening.

Conforme o presidente da Associtrus, Flávio de Carvalho Pinto Viegas, as indústrias paulistas devem processar neste ano 250 milhões de caixas (89% do total) e o restante (30 milhões de caixas) será destinado ao comércio da fruta in natura. A maior parte da laranja produzida em São Paulo tem como destino o mercado externo, na forma de suco.

O aperto no maior produtor mundial fez com que os preços internacionais do suco de laranja disparassem. Na Bolsa de Nova York, as cotações acumulam valorização de 75% nos últimos doze meses. A tonelada do suco concentrado e congelado, que em junho de 2009 valia pouco menos de US$ 1.800, hoje supera US$ 3.000. No mercado brasileiro, o preço da caixa de 40,8 quilos passou de R$ 5 na safra passada para até R$ 15 neste ano, em São Paulo.

Além da quebra na produção paulista, as cotações internacionais são impulsionadas também pelo recuo da produção na Flórida, segundo maior produtor individual de laranja do mundo, atrás apenas de São Paulo. O estado norte-americano encerra neste mês a colheita da safra 2009/10, que deve render 133,6 milhões de caixas, 18% menos que no ano passado.

Para Viegas, o preço mais alto é um alívio para os produtores, mas não dá suporte definitivo ao setor. “O produtor de laranja não está festejando, mas apenas respirando depois de anos no vermelho”, considera.

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Fonte:
Gazeta do Povo

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