Cutrale espera aumento de exigências em relação à colheita da laranja no país

Publicado em 04/08/2010 07:58
Quatro meses após assumir o cargo de diretor-corporativo da Cutrale, Carlos Viacava não faz questão de esconder que foi contratado para tentar colocar em prática o Consecitrus - mecanismo para nortear a formação dos preços da fruta fornecida para a fabricação do suco, a exemplo do que acontece na cana (Consecana). Paralelamente a isso, no entanto, outro assunto presente na recente pauta da empresa diz respeito à colheita da laranja e a responsabilidade sobre os trabalhadores envolvidos nesse processo.

Ao que tudo indica, as indústrias processadoras de suco de laranja passarão a exigir garantias dos fornecedores no que se refere a questões trabalhistas. A ideia é evitar que as empresas sejam consideradas corresponsáveis em casos de irregularidades identificadas nas fazendas que tenham contratos de venda com as indústrias.

A discussão sobre o tema ganhou força a partir de fevereiro, quando uma ação do Ministério Público do Trabalho pediu que o trabalho de colheita passasse a ser feito pelas indústrias. A ação deveria ter sido julgada em abril, mas a Justiça ainda não determinou para quem fica a responsabilidade do trabalho. "Particularmente, acredito que esse processo caminhe para um acordo", afirma Viacava.

Em pouco mais de 100 dias no cargo, o executivo admite que tem se esforçado para dar mais transparência às informações da empresa. "Acho que as coisas estão melhorando e tendem a ficar ainda mais transparentes com o Consecitrus. Todas as empresas estão abrindo seus números para fazer os cálculos de preços da fruta. Isso será um grande avanço para o setor", afirma.

Em 2009, a Cutrale teve um faturamento pouco acima de US$ 600 milhões, dos quais 97% foram provenientes de vendas externas, e foi responsável por 35% de todo o suco de laranja exportado pelo Brasil. Entre as outras missões de Viacava estão a melhoria das relações com os fornecedores, estímulo às vendas no mercado doméstico e a abertura de novas fronteiras.

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Fonte:
Valor Econômico

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