Citros: CVC diminui no Estado de São Paulo

Publicado em 24/11/2010 07:58
Levantamento do Fundecitrus apontou que 35,5% das plantas estão contaminados. Em 2009, índice era de 39,2%
A incidência da CVC diminuiu de 39,2% para 35,5% no Estado de São Paulo, segundo o levantamento amostral realizado pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) em 2010.

Uma equipe de engenheiros agrônomos e técnicos em agropecuária percorreram todo o parque citrícola, de junho a setembro deste ano, para realizar o levantamento.

Segundo o gerente do Departamento Técnico do Fundecitrus, Cícero Augusto Massari, entre os fatores que levaram à queda da doença destacam-se a eliminação de pomares mais velhos e a erradicação de plantas doentes devido ao Greening – especialmente na região central, que é a mais afetada pela doença.

É preciso salientar que as aplicações de inseticidas usadas para combater o psilídeo que transmite o Greening agem também contra as cigarrinhas transmissoras da bactéria que causa a CVC.

 Os números por região

CVC no Estado de São Paulo – 35,5% das plantas contaminadas

 A região Norte é mais afetada pela doença com 53% das plantas contaminadas, seguida pela Noroeste, com 42,8%, e Centro, com 38,2%. As regiões Sul e Oeste apresentaram índices menores, 25% e 4,4% respectivamente.

Embora a região Sul tenha apresentado o segundo menor índice de contaminação (25%), foi possível constatar um grande crescimento em plantas até então sadias (de 6,6%, em 2009, para 10,8%, em 2010). Como a severidade da doença (frutos miúdos) se manteve muito parecida (13,8 para 14,2%), conclui-se que a região teve uma infecção tardia quando comparadas com as demais.

A CVC

Presente no Brasil desde 1987, a clorose variegada dos citros (CVC), também conhecida como amarelinho, é causada pela bactéria Xylella fastidiosa. As plantas afetadas apresentam obstrução dos vasos do xilema, através dos quais circulam a seiva contendo água e nutrientes da raiz para o resto da árvore.

A bactéria é transmitida por 12 espécies de cigarrinhas que se alimentam da seiva que é conduzida pelo xilema das plantas. Dessa forma a transmissão da bactéria para as plantas sadias é feita pelo vetor.

A doença apresenta três níveis de contaminação: 0, quando não há sintomas; 1, com folhas sintomáticas; e 2, quando a planta apresenta sintomas em folhas e frutos.

Sintomas

Os sintomas começam nas folhas e se estendem para os frutos. Nas folhas, aparecem pequenas manchas amarelas, espalhadas na superfície superior. Essas manchas evoluem para lesões de cor palha no dorso e verso das folhas.

Com o avanço da doença, a planta tem queda de folhas e seca dos galhos mais altos, locais preferidos pelas cigarrinhas para o ataque. Os frutos apresentam redução de tamanho.

Cuidados

O manejo da CVC exige dedicação por parte do citricultor com base em três ações: uso de mudas sadias e certificadas, controle das cigarrinhas e poda dos ramos com sintomas ou eliminação de plantas severamente atacadas.

As inspeções devem ser realizadas de janeiro a julho, meses em que os sintomas ficam mais evidentes. Ao identificar o ramo doente, o citricultor deve marcá-lo para eliminá-lo o mais rapidamente possível. O corte deve ser feito em uma forquilha, pelo menos a 70 centímetros dos sintomas. Nos locais serrados durante a poda, o citricultor deve aplicar produtos cúpricos para proteger a planta contra fungos e bactérias.

O controle da cigarrinha é feito por meio de monitoramento e aplicação de inseticidas. Armadilhas amarelas, puçá e observação são formas de verificar a presença dos insetos vetores na propriedade. O uso de inseticidas é recomendado quando for constatado 10% das plantas com cigarrinhas em um talhão, independentemente da espécie.

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Fonte:
Fundecitrus

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