Osmar Dias quer que PAC 2 beneficie Porto de Paranaguá

Publicado em 01/04/2010 09:16
Nem bem foi lançado o Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), o senador Osmar Dias (PDT-PR) ocupou, nesta quarta-feira (31), a tribuna do Senado Federal para pedir agilidade nas obras relativas ao estado do Paraná que foram incluídas no pacote governamental e até a inclusão de outras obras que considera fundamentais para o desenvolvimento do Porto de Paranaguá (PR), o principal complexo graneleiro da América Latina.
 
Durante o discurso, o senador mostrou que está preocupado que portos vizinhos, como o de Santos (SP), “roubem” do porto paranaense. Ele quer, ainda, equilibrar a matriz de transportes no acesso a Paranaguá. Hoje, a maior parte do transporte terrestre ao porto é feito por meio de rodovias. O resultado é o registro de épicas filas de caminhões nos arredores de Paranaguá durante os picos de safra de grãos, comprometendo a qualidade de vida de todos os envolvidos e o Custo Brasil.
 
A conclusão da Estrada Boiadeira, para a qual o PAC 2 reserva R$ 146 milhões destinados ao asfaltamento do trecho que liga Campo Mourão a Roncador, é uma das principais preocupações de Osmar Dias. A obra, destaca, poderá levar grandes quantidades de cargas do Centro-Oeste ao Porto de Paranaguá, que hoje são enviadas ao porto santista. “É uma obra que não vai ligar uma cidade a outra apenas, mas que vai ligar um estado a outro, uma região produtora ao Porto”.
 
Essa obra, entretanto, diz respeito ao modal rodoviário e só deve aumentar a agonia dos caminhoneiros que levam cargas ao Porto de Paranaguá. Osmar Dias pondera que é preciso olhar com carinho para as ferrovias. De acordo com o senador, a linha férrea que vai de Paranaguá à capital Curitiba precisa de uma modernização urgente. “A inclusão no PAC 2 é fundamental para que o Paraná possa tirar um pouco daquilo que hoje significa 70% de todas as cargas que são transportadas pelo estado por rodovias. Precisamos diminuir esse índice das rodovias, para aumentar o das ferrovias, já que o custo é menor”.
 
Outra obra citada pelo parlamentar é a interminável Ferroeste. O projeto de viabilidade dessa rodovia, observa, indica que se houver prosseguimento da ferrovia de Cascavel até Maracaju, no Mato Grosso do Sul, será possível desenvolver um eixo novo de crescimento econômico e social na região oeste do estado.
 
Dias defendeu, como já o fez em outras ocasiões, a criação de uma agência reguladora com a atribuição de verificar os pedágios nas rodovias paranaenses. Ele ressalta que é preciso avaliar as contas e saber quanto é faturado em cada trecho de rodovia e o que tem sido investido. A preocupação do senador é a mesma da Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep), que considera absurdo o preço dos pedágios. “Não é possível continuarmos no escuro, sem conhecer as obrigações contratuais, sem conhecer aquilo que deve ser ampliado, sem conhecer aquilo que deve ser feito pelas concessionárias para fazer jus à tarifa cobrada”. O senador pediu, também, a inclusão da construção de um aeroporto de cargas no oeste do Paraná e o desvio da ferrovia de cargas que passa pelo centro urbano de Curitiba no PAC 2. É muito a fazer e o senador confessa ter como meta ver todas as obras concluídas até 2020.
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Porto Gente

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