Agronegócio, bebidas e celulose gastam mais com logística
Enquanto a média geral de gastos foi de 8,5% em relação à receita líquida, o setor de agronegócios gastou 13,3% de sua receita líquida com logística, o setor de bebidas gastou 12,1% e o de papel e celulose, 11%.
Maurício Lima, diretor de capacitação do instituto e autor da pesquisa, afirma que o seguimento de agronegócios tem um gasto maior com logística “porque gera grandes volumes de baixo valor agregado” e precisa de maior infraestrutura de transportes.
Segundo ele, as grandes empresas de agronegócios estão fazendo investimentos em infraestrutura de transporte para escoar sua produção. No entanto, esse quadro limita o número de empresas capazes de competir globalmente.
Do outro lado, entre os que menos gastaram, estão os setores automotivo e autopeças, com 3,3% da receita líquida; eletroeletrônicos, com 4,9%; e higiene, limpeza, cosméticos e farmácia, com gasto de 7,0% em relação à receita líquida.
O estudo aponta ainda que quase metade das companhias (43%) tem dado prioridade igual à melhoria dos serviços e à redução dos custos com logística. Porém, 69% dos gastos com logística das empresas são atribuídos a terceiros, um valor total de R$ 270 bilhões por ano.
O estudo baseou-se nas informações de 99 empresas, todas pertencentes ao grupo das mil maiores empresas do Brasil. A pesquisa foi divulgada durante o XVII Fórum Internacional de Logística, no Rio de Janeiro.