Nota do CEBDS sobre a aprovação do PL do mercado de carbono no Senado
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) celebra o avanço representado pela aprovação do projeto de lei (PL) 412/22, que trata do mercado regulado de carbono, no Senado Federal, no último dia 4 de outubro. Ao criar o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), o projeto estabelece um passo importante para promover a transição para uma economia de baixo carbono.
O texto demonstra como a discussão em torno da precificação de carbono evoluiu ao longo do tempo, incorporando as ideias originadas pelo Projeto PMR Brasil (Partnership for Market Readiness) e reforçadas na Proposta de Marco Regulatório do CEBDS. Esse processo é fruto das contribuições de diversos atores do setor produtivo e da sociedade civil, que enxergam no mercado regulado de carbono um mecanismo eficiente para alavancar a trajetória de descarbonização do país.
“O CEBDS defende desde 2017 a construção de um mercado regulado de carbono por ser uma das principais iniciativas para direcionar o Brasil para uma economia verde. É uma medida estratégica para o setor empresarial e para o país, com potencial para gerar empregos e renda baseados em negócios sustentáveis”, destaca Marina Grossi, presidente do Conselho.
Ao longo dessa trajetória, o CEBDS defendeu o princípio da implementação gradual para os diferentes setores, de modo a incentivar a eficiência e a inovação tecnológica sem perder a competitividade. Embora esse processo siga agora com a exclusão das atividades agrícolas primárias, o projeto permanece sendo um instrumento relevante para a política climática nacional.
O mercado regulado de carbono é um dos mecanismos para buscar a redução de emissões, mas não deve ser o único. Acabar com o desmatamento - reforçando os instrumentos de comando e controle - e desenvolver outros mecanismos específicos para reduzir as emissões do agronegócio são ações fundamentais para que alcancemos os compromissos assumidos pelo Brasil no combate às mudanças climáticas.
O CEBDS continuará colaborando, agora junto à Câmara dos Deputados, para que este projeto avance e mantenha seus fundamentos, para que o Brasil tenha um sistema de comércio de emissões íntegro, robusto e eficiente.
0 comentário
Dia Mundial do Solo: setor produtivo garante preservação do solo com adoção de práticas sustentáveis
Lula diz que vetos na lei ambiental eram para proteger o agronegócio
Mortes em enchentes no Sudeste Asiático chegam a 321; equipes de resgate intensificam operações
Fazenda deve publicar normas infralegais para regulação do mercado de carbono até dezembro de 2026, diz secretária
Lula pressiona negociadores por acordo climático antecipado na cúpula da COP30
COP30-Brasil quer acordo antecipado na COP30 sobre combustíveis fósseis e financiamento climático