Produtores de cana debatem a reforma do Código Florestal
O palestrante do evento, o professor de direito Luís Carlos Moraes, autor dos livros "Código Florestal Comentado", "Curso de Direito Ambiental" e "Multa Ambiental", participou ativamente da elaboração do parecer do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ao projeto de lei de reforma do Código Florestal Brasileiro, cujo Congresso Nacional deve votar nas próximas semanas.
Durante o encontro, o professor Moraes iniciou mexendo com o brio dos produtores rurais, ao cumprimentá-los com um sonoro "bom dia bandidagem", numa alusão ao "adjetivo" que os produtores rurais estão sendo nominados por boa parte da sociedade e dos ambientalistas, quando o assunto é código florestal.
Segundo Luís Carlos Moraes, o objetivo foi iniciar realmente cutucando a ferida, uma vez que muitos produtores acabam se calando sobre o tema, quer por falta de conhecimento e argumentação contrária, quer por medo de represálias. "Foi bom para que todos pudessem melhorar sua auto-estima e, à partir de hoje, fossem porta-vozes na defesa do parecer de Aldo Rebelo, que defende não a classe produtora, mas o brasileiro como um todo", argumentou um produtor de cana que preferiu não se identificar.
Em suas argumentações, o professor Moraes demonstrou o quanto uma reforma mal feita do Código Florestal Brasileiro poderia trazer de prejuízos irreparáveis para a sociedade como um todo.
Na abertura da Feicana FeiBio 2011, o ministro da Agricultura Wagner Rossi já havia pedido a todos os participantes do evento, sobre a importância da agricultura no contexto nacional. "Estamos falando de um setor responsável por 27% do PIB nacional, e que deve ter o respeito que merece. A questão da reforma do código não pode ficar a mercê de ambientalistas fundamentalistas", se exaltou o ministro na ocasião, arrancando aplausos de pé da platéia.
Moraes defendeu que os produtores se unam e cobrem de seus representantes legais (deputados e senadores), uma postura veemente a favor do Brasil, e não uma votação influenciada por ambientalistas em cujos países de origem já não há o que desmatar.
Na conclusão de sua exposição, Moraes destacou que "área agrícola consolidada não é favor ao produtor rural, mas necessidade pública",demonstrando com gráficos e números a catástrofe social caso a reforma do Código seja aprovada com a exigência de reparação de áreas já desmatadas à décadas e décadas. "Os produtores devem se unir, e juntos mostrar que não são bandidos, mas sim, que sustentam, com seu suor e esforços, o desenvolvimento desse país", concluiu.
28/01 - Feicana FeiBio Araçatuba representa dinâmica do setor
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