Milho: Frete dificulta comercialização no mercado físico

Publicado em 08/04/2013 12:12
Os negócios para o milho brasileiro no mercado interno abrem a semana sem grandes novidades e com preços ainda pressionados à espera dos números de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que serão divulgados nesta quarta-feira (10).

Na região centro-sul do Paraná, os preços da saca de milho no disponível saíram dos R$27 para R$21 nos últimos 15 dias. De acordo com o Adalberto Xavier, consultor da Betoagro Corretora de Cereais, os negócios estão travados com as traders evitando negociar o frete antecipadamente. Atualmente o custo do frete por saca até o Porto de Paranaguá é de R$4,50, enquanto no mesmo período do ano passado o valor era de R$3,80.  

Na região norte do Estado, a saca de milho para entrega em agosto é negociada com preços em torno dos R$17/R$18. Segundo Xavier, nessa região ainda existe trigo da safra velha para ser exportado, além da produção de soja verão, situação que pode gerar problemas de armazenagem caso a produção de milho, principalmente a primeira safra, não seja escoada rapidamente. Atualmente, 75% da safra de verão já foram colhidas e escoamento depende da colaboração do clima em Paranaguá. Em março, as chuvas impediram os embarques de grãos por 310 horas, o que significam 13 dias parados no Porto. 

Xavier acredita que em curto prazo as cotações do milho oscilem entre R$18,50 e R$21 no Paraná, preços que, segundo ele, ainda remuneram o produtor. No entanto, a procura pelo grão ainda deve ser pequena, pois boa parte do cereal negociado da primeira safra ainda precisa ser escoado. 

Em Primavera do Leste (MT), milho disponível é comercializado a R$18. De acordo com o engenheiro agrônomo da Cooaleste, Anderson Hagemann, alguns negócios ocorrem a R$19,50, mas o produtor espera que as cotações cheguem aos R$20 para negociar sua produção, o que ainda não ocorreu no município. Apenas 20% da produção de milho das duas safras já foram vendidas. 

Em relação ao mesmo período do ano passado, os negócios para milho de Primavera do Leste acontecem em passos mais lentos. Segundo Hagemann, os compradores preferem trabalhar com o mercado disponível a travar preços para o frete. 

A safrinha de milho tem bom desenvolvimento e às expectativas do produtor agora se voltam para o mercado em Chicago, na expectativa de que reações nos preços do grão possam alavancar as cotações no mercado físico. 
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Por:
Ana Paula Pereira
Fonte:
Notícias Agrícolas

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