Controle biológico da lagarta do milho é utilizado em Boqueirão do Leão

Publicado em 04/02/2014 11:39 e atualizado em 28/02/2020 18:06

Utilizado pela primeira vez no município, o controle biológico da lagarta do cartucho – Spodoptera frugiperda – tem apresentado ótimos resultados no milho plantado durante o período da safrinha, em Boqueirão do Leão, conforme informações da equipe técnica do escritório da Emater/RS-Ascar no município. 

Segundo o engenheiro agrônomo da Instituição, Eduardo Mariotti Gonçalves, a iniciativa partiu do agricultor Giordarni Zago, que buscou no escritório da Emater/RS-Ascar as informações necessárias para a utilização da técnica em sua lavoura. “O agricultor nos procurou para que pudéssemos esclarecer o funcionamento da técnica. Realizamos contato com os demais produtores do município e apresentamos o controle biológico como uma alternativa para as lavouras de milho, sendo que o agricultor Giordarni Zago decidiu testar a técnica na sua lavoura, e esse se tornou o nosso projeto piloto”, relata Gonçalves. 

A lagarta do cartucho é um dos principais problemas da cultura do milho. O inseto ataca as folhas ainda na fase inicial do desenvolvimento da planta. Uma prática que vem ganhando força para combater o inseto é a utilização da vespinha Trichogramma spp, a qual é um predador natural da lagarta do milho. A vespinha procura os ovos das mariposas - adulto da lagarta do cartucho do milho - para fazer sua postura, ou seja, colocar seus ovos e, com isso, impedir o nascimento das lagartas. 

Ainda de acordo com Gonçalves, a área cultivada pelo agricultor é de dois hectares e, mesmo o milho já estando em fase avançada de crescimento, o controle biológico tem apresentado excelente resultado. “Quando aplicamos as vespinhas já haviam folhas danificadas pela lagarta na lavoura, mas observamos que os danos foram estabilizados e essa diferença foi visível de uma semana para a outra”, relata. 

No município de Boqueirão do Leão são cultivados por ano 2.800 hectares de milho, sendo 1.800 hectares na safrinha com o plantio realizado no final do mês de dezembro. “A utilização do controle biológico é um pontapé para o trabalho em nível de comunidade local e também regional, pois gera curiosidade nos agricultores de municípios vizinhos que têm interesse no tema, inclusive porque esta prática reduz a mão de obra e o uso de agrotóxicos nas plantações, diminuindo também os danos ambientais e a exposição do agricultor aos pesticidas e os custos de produção, resultando em um alimento mais saudável para o consumo”, frisa Gonçalves. 

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Fonte:
Emater RS

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