Milho: Mercado opera com ligeiras perdas em Chicago e na BM&F

Publicado em 27/02/2014 12:21

Nesta quinta-feira (27), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado negativo da tabela. As cotações dão continuidade às perdas registradas no pregão anterior e, por volta das 11h39 (horário de Brasília) apresentavam baixas entre 0,50 e 1,50 pontos. O contrato maio/14 era negociado a US$ 4,54 por bushel.

O consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, explica que, os fundos de investimentos estão se desfazendo dos contratos em milho e adquirindo em soja, uma vez que, a oleaginosa ultrapassou os US$ 14,00 por bushel, recentemente. Apesar do movimento, o mercado ainda segue estável e só deve se direcionar após as primeiras projeções de intenção de plantio da safra dos EUA.

Além disso, os preços do cereal tendem a permanecer sustentados, já que, uma possível queda nas cotações pode direcionar os agricultores dos EUA a migrar para o plantio da soja, conforme sinaliza o consultor. Na última semana, o Fórum Anual Outlook divulgou que a área cultivada na próxima safra 2014/15, entretanto, apontou um aumento na safra de milho norte-americana.

Paralelo a esse cenário, a demanda pelo cereal dos EUA continua firme e, nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou que as vendas semanais da safra 2013/14 encerraram em 20 de fevereiro em 840.800 toneladas. O número é superior ao divulgado na última semana, de 691.400 toneladas.

Já para a temporada 2014/15, as vendas totalizaram, no mesmo período, 1.500 toneladas. Ainda hoje, o departamento norte-americano reportou a venda de 284.480 toneladas de milho para o México. O volume deverá ser entregue na temporada 2013/14. 

Na BM&F, as cotações do milho trabalham em baixa nesta quinta-feira. Ainda na visão do consultor, os contratos passam por um ajuste técnico frente à desvalorização recente do dólar. Desde o início do mês, a moeda norte-americana recuo quase 0,10 centavos.

“Isso acontece, pois os operadores da BM&F são mais players do que fundamentalistas. E temos também a rolagem de posições, com o contrato março/14 saindo da tela. Os preços ainda não refletem os problemas com o clima adverso em importantes regiões produtoras”, diz Fernandes.

Contrariamente, no mercado interno, os preços tem encontrado suporte na quebra na safra de verão, principalmente, nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Na região de Unaí, a produtividade das lavouras do cereal foi comprometida devido à falta de chuvas. E no Vale do Paranapanema (SP), as perdas no rendimento das plantações podem ultrapassar 60%.

As adversidades climáticas também prejudicam o avanço do plantio da safrinha. Em muitas regiões, como em Terra Roxa (PR), a umidade ainda não é suficiente para a germinação do grão. Por outro lado, no Mato Grosso, o excesso de chuvas compromete a evolução da semeadura.

Frente a esse cenário, as cotações permanecem firmes e a saca do cereal é negociada a R$ 35,50 em Campinas (SP) CIF e a R$ 28,00 em Campo Mourão (PR). “Os preços ainda podem apresentar novas valorizações, mas ainda dependerá do desenvolvimento da safrinha”, finaliza.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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