Milho: Em Chicago, preços fecham em campo misto, mas fundamentos ainda são positivos

Publicado em 10/04/2014 17:26

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a sessão desta quinta-feira (10) em campo misto, próximos da estabilidade. Ao longo das negociações, os contratos da commodity reduziram as perdas e fecharam o dia com quedas entre 0,50 e 1,00 ponto. O vencimento maio/14 fechou o dia cotado a US$ 5,01, com desvalorização de 0,19% em relação ao último pregão. 

Segundo analistas, vários fatores exerceram pressão negativa nos preços futuros, principalmente, as previsões climáticas indicando tempo mais quente em partes do cinturão produtor nos Estados Unidos nas próximas duas semanas. Cenário, que se confirmado poderá contribuir para o avanço do milho no país. 

Além disso, o fraco desempenho das exportações semanais reportadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) também pressionaram os preços. Até a semana encerrada no dia 03 de abril, as exportações da safra 2013/14 somaram 658.700 toneladas. Na semana anterior, o número foi de 960.600 toneladas. O percentual representa um recuo de 30% frente à média das últimas quatro semanas.

No acumulado do ano safra, o país já exportou cerca de 41.965,4 toneladas. Enquanto que, a estimativa do departamento norte-americano é de 44.450,0 toneladas. Do mesmo modo, a previsão de aumento na produção global de milho, para 973,9 milhões de toneladas, previstas ontem pelo órgão também contribuíram para a formação do cenário.

Na visão do operador de mesa da Terra Investimentos, Bruno Perottoni, apesar do recuo nas cotações, o cenário fundamental ainda é positivo para o mercado do cereal. “Os estoques norte-americanos também são apertados, a área cultivada na próxima safra 2014/15 nos EUA será menor e temos todas as preocupações com clima e produtividade. O contrato setembro/14 no patamar de US$ 5,00 está bem consolidado, se tudo correr bem, até podemos ver as cotações cederem um pouco, mas acredito que o preço é firme”, explica.

BMF&Bovespa

Assim como em Chicago, os futuros do milho negociados na BMF&Bovespa registram mais uma sessão em território misto. Ainda segundo analistas, as negociações seguem lentas, uma vez que, os produtores ainda esperam por preços melhores. Também é preciso ressaltar que, neste momento, o foco dos agricultores é comercialização da soja.

Durante essa semana, o Imea (Instituto Mato-grossense) divulgou que a negociação da safrinha do Mato Grosso alcançou o patamar de 11,5% até o mês de abril. E até o mês de março, foram vendidas cerca de 2 milhões de toneladas do cereal, com preço médio de R$ 14,50 a saca.

Já no Paraná, a comercialização da safrinha chegou a 2%, de acordo com informações divulgadas pelo Deral (Departamento de Economia Rural). No mesmo período do ano anterior, o volume era de 5%. 

Neste ano, a tendência é que os preços se mantenham em patamares mais altos do que os registrados no ano passado, conforme apontam os analistas. Ainda segundo o operador de mesa, a safra brasileira não deve ser tão grande quanto o esperado inicialmente e se boa parte da safra for enviada para a exportação, os estoques finais na temporada 2014/15 poderá ser menor. “O produtor deve fazer as suas contas antes de vender”, orienta Perottoni. 

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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