Milho: Após perdas, preços esboçam recuperação em Chicago

Publicado em 05/05/2014 09:10

As cotações do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com leves altas nesta segunda-feira (5). Por volta das 8h49 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam pequenos ganhos entre 2,25 e 4,25 pontos. O vencimento julho/14 era cotado a US$ 5,02 por bushel, com valorização de 2,75 pontos.

Os preços futuros esboçam uma recuperação após as perdas expressivas no último pregão. Na última semana, as cotações recuam cerca de 2,3%, maior queda semanal desde o dia 1º de novembro do ano passado.

Nesse momento, as cotações têm sido influenciadas, principalmente, pelas previsões de clima nos EUA, apesar dos fundamentos positivos. Para essa semana, as previsões apontam para temperaturas mais altas e o clima seco para algumas regiões do Corn Belt, situação que deve acelerar o ritmo do plantio da safra 2014/15 norte-americana. 

Até o último dia 27 de abril, a área cultivada com milho alcançou o percentual de 19%, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). A média dos últimos cinco anos é de 28%, mas o excesso de precipitações nas últimas semanas comprometeu o avanço da semeadura do grão.

Veja como fechou o mercado na sexta-feira:

Milho: Frente às previsões de clima seco nos EUA, preços caem e registram a maior queda semanal em 6 meses

Pelo segundo pregão consecutivo, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam do lado negativo da tabela. Durante essa semana, as cotações recuaram 2,3%, maior queda semanal desde o dia 1º de novembro do ano passado. As principais posições da commodity exibiram perdas entre 5,50 e 9,25 pontos. O vencimento julho/14 era negociado a US$ 4,94 por bushel.

O mercado tem sido pressionado negativamente pelas previsões de clima favorável para os EUA nos próximos dias. Segundo informações da agência internacional Bloomberg, as altas temperaturas e o clima seco deverão acelerar até o final da próxima semana o plantio de milho nos EUA, maior produtor mundial do cereal. 

No último boletim de acompanhamento de safras, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou o percentual de área cultivada em 19% até o dia 27 de abril. A média dos últimos anos é de 28%. O excesso de chuvas em partes do Meio-Oeste comprometeu o avanço do plantio na última semana. 

De acordo com o analista de mercado da Cerrado Corretora, Mársio Antônio Ribeiro, o maior rigor em relação às variedades transgênicas produzidas pelo país, principalmente por parte da China, tem dificuldade as exportações do produto. "E isso tem provocado certa pressão no mercado, principalmente com a perspectiva de uma boa safrinha no Brasil. Com isso, o país deverá representar certa ameaça às exportações de milho dos EUA", explica Ribeiro.

Do lado fundamental, o cenário ainda é positivo ao mercado de milho, no curto prazo. A demanda pelo produto norte-americano permanece aquecida. Nesta quinta-feira, o USDA reportou a venda de 101.600 mil toneladas do produto para destinos não revelados. 

E contrapartida, o analista ressalta que a volatilidade deverá permanecer no mercado até que haja a confirmação da área a ser cultivada no país. "O mercado ficará em compasso de espera e muito volátil até o próximo relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado no dia 9 de maio", acredita Ribeiro.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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