Milho: Em Chicago, preços esboçam recuperação após perdas recentes

Publicado em 21/05/2014 13:21

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com ligeiras quedas no pregão desta quarta-feira (21). Ao longo das negociações, as principais posições da commodity já registraram pequenas altas, mas recuaram e, por volta das 12h45 (horário de Brasília), os preços do cereal apresentavam ligeiras perdas entre 0,25 e 0,75 pontos.

O mercado esboça uma recuperação após as quedas registradas na última sessão. Nesta terça-feira, o contrato julho/14 alcançou o menor patamar desde 31 de março, de US$ 4,74 por bushel. Entretanto, o vencimento apresentou a quinta queda consecutiva, a mais longa desde 7 de novembro.

De acordo com o economista e analista de mercado da Faeg (Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás), Pedro Arantes, a situação do mercado de milho é mais confortável, consequentemente, os preços estão mais sensíveis a notícias de clima nos EUA e da safra no Brasil. Agências internacionais divulgaram nesta terça-feira, que o tempo quente e seco nos próximos dias irá contribuir para a evolução do plantio, especialmente, de Dakota do Norte a Ohio.

Segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), até o dia 19 de maio, o plantio do cereal estava completo em 73% da área projetada. O percentual está acima do índice registrado no mesmo período do ano passado, de 65%, porém abaixo da média dos últimos cinco anos de 76%.

Paralelo a esse cenário, a projeção é que os EUA colha uma safra recorde na safra 2014/15, de 98,93 milhões de toneladas, caso o clima seja favorável. Diante dessa situação, alguns analistas sinalizam que os preços da commodity ainda podem recuar até abaixo do novo suporte de US$ 4,50 por bushel.

Do lado fundamental, os números de exportações dos EUA, assim como, o clima no país poderão sustentar os preços nos atuais patamares no curto prazo, conforme boletim da ODS Serviços em Agronegócios. 

Mercado interno

No mercado brasileiro, os preços do cereal também estão mais baixos. Em Goiás, as cotações já recuaram de R$ 25,00 pela saca de 60 kg para R$ 21,00 até R$ 19,00. “Como o produtor estava capitalizado, ele segurou o produto da primeira safra à espera de preços melhores, mas como o ritmo das exportações está menor, os agricultores aumentaram as vendas, situação que pressionou os valores. O que preocupa é que se o preço ficar abaixo de R$ 14,40, preço mínimo no estado, o Governo pode interferir no mercado”, explica o economista.

Em Cascavel (PR), as cotações caíram de R$ 21,50 para R$ 20,00 em uma semana, conforme dados da Coopavel. Situação que também se repete em Não-me-toque (RS), onde os preços passaram de R$ 24,00 para R$ 23,00, segundo informações da Cotrijal. O indicador Cepea Esalq/BMF&Bovespa referente à região de Campinas (SP) baixou 3,56%, e fechou a segunda-feira cotado a R$ 28,43 a saca de 60 kg.

Na BMF&Bovespa, as cotações acompanham o movimento de Chicago e também registra perdas nesta quarta-feira. O contrato julho é negociado a R$ 27,26, desvalorização de 1,23%. Por outro lado, os compradores seguem adquirindo o produto de maneira pontual, uma vez que apostam em uma grande safrinha brasileira.

Ainda assim, analistas acreditam que as exportações de milho do Brasil poderão se aproximar aos níveis do ano passado. E após o acordo firmado entre o país e a China, a expectativa é que os compradores chineses aumentem as compras do cereal. Para o consultor do SIMConsult, Liones Severo, os produtores brasileiros ainda terão boas oportunidade para negociar o produto. 

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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