Milho: Focado na safra norte-americana, mercado fecha em queda pelo 2º dia consecutivo

Publicado em 08/07/2014 18:27

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram o pregão desta terça-feira (8) do lado negativo da tabela. Durante a sessão, as cotações do cereal chegaram a esboçar uma recuperação, porém, o movimento não foi sustentado e as principais posições da commodity fecharam o dia com leves perdas entre 1,00 e 2,25 pontos. O vencimento setembro/14 perdeu o patamar dos US$ 4,00 por bushel e encerrou cotado a US$ 3,98 por bushel.

Pelo segundo dia consecutivo, os preços do cereal encerraram em queda devido à perspectiva de safra recorde nos EUA, segundo explicam os analistas. Nesta safra, a projeção é que os produtores norte-americanos colham em torno de 353,97 milhões de toneladas de milho, conforme estimativa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Por enquanto, as condições climáticas permanecem beneficiando o desenvolvimento da safra norte-americana. No último boletim de acompanhamento de safras, o departamento reportou que em torno de 75% das plantações de milho apresentam boas ou excelentes condições, melhor classificação desde o ano de 1999. 

Cerca de 20% das lavouras estão em condições regulares e 5% em situação ruim ou muito ruim. Os dados foram colhidos até o úlitmo domingo (6). 

Para a analista de mercado da FCStone, Ana Luiza Lodi, as cotações futuras do cereal ainda têm espaço para recuar mais. "Entretanto, não estão descartadas oscilações positivas, já que os preços em patamares mais baixos estimulam a demanda pelo produto, principalmente do setor de rações e etanol", destaca Ana Luiza.

Em contrapartida, os embarques semanais de milho totalizaram 1.080,52 milhão de toneladas até a semana encerrada no dia 3 de julho, conforme dados do USDA. O volume está acima do reportado anteriormente, de 872,96 mil toneladas. No mesmo período do ano passado, o total embarcado foi de 208.893 mil toneladas.

Até o momento, no acumulado no ano safra, iniciado em 1º de setembro, os embarques somam 38.937,28 milhões de toneladas, contra 48.260,00 milhões de toneladas estimadas pelo departamento norte-americano. 

Na próxima sexta-feira (11), o departamento norte-americano irá reportar novo relatório de oferta e demanda.

Mercado interno

As cotações do milho praticadas no mercado interno seguem mais baixas, pressionadas pelo avanço da safrinha brasileira. Em muitas praças, especialmente no Centro-Oeste do país, os preços estão próximos ou até mesmo abaixo dos valores mínimos fixados pelo Governo.

Com isso, representantes do setor já se mobilizam para que haja a intervenção do Governo no mercado para escoar o produto. Segundo informações divulgadas pelo Cepea, no acumulado parcial de julho, até o dia 7, o Indicador Esalq/BMFBovespa, referente à região de Campinas (SP) caiu 3,06% e fechou a segunda-feira (7), cotada a R$ 24,39 a saca. 

Na visão da analista da FCStone, o quadro poderá apresentar uma modificação, caso as exportações brasileiras ganhem ritmo. Mas, por enquanto, as exportações brasileiras de milho totalizaram 0,2 mil toneladas, com média diária de 0 toneladas, até a primeira semana de julho. Em relação ao mês anterior houve uma queda de 98,9% na quantidade embarcada e em comparação com o mês período do ano passado, a redução é de 99,9% no volume exportado. 

“A expectativa é que os embarques de milho ganhem força a partir de agosto e setembro”, acredita Ana Luiza. 

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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