Milho: Após ganhos de mais de 2%, preços operam em queda em Chicago
Durante a sessão desta terça-feira (29), as principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. Por volta das 12h13 (horário de Brasília), os vencimentos exibiam quedas entre 6,00 e 7,00 pontos. O contrato setembro/14 era cotado a US$ 3,60 por bushel.
O mercado volta a cair após registrar ganhos nos dois últimos pregões, impulsionadas por especulações do lado demanda. Frente à recente queda nos preços, a perspectiva da retomada da demanda, garantiu as altas de mais de 2% nos últimos dias. Nesta terça-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 147 mil toneladas de milho para a Colômbia. O volume deverá ser entregue na safra 2014/15.
Ainda assim, as informações não são suficientes para ocasionar uma alta expressiva nas cotações. Para o analista de mercado da Cerealpar, Steve Cachia, com o cenário de oferta abundante no mercado internacional, a tendência é de pressão nos preços, pelo menos no curto prazo.
A expectativa de maior disponibilidade a partir da colheita da safra norte-americana, que é estimada em 353,97 milhões de toneladas pelo USDA, permanece sendo fator de pressão sobre os preços. Nesta segunda-feira, o USDA informou que o índice de lavouras em boas ou excelentes condições recuou de 76% para 75%, porém, ainda assim, é considerada a melhor classificação desde 2004.
Cerca de 19% das plantações estão em situação regular e 6% em condições ruins ou muito ruins, na semana anterior o percentual era de 5%. O departamento também informou que em torno de 78% das lavouras estão em fase de espigamento e 17% em fase de enchimento de grãos.
Diante desse cenário, já há especulações no mercado em relação ao clima nos Estados Unidos, que até o momento, tem sido considerado extremamente favorável ao desenvolvimento da cultura. "Há conversas sobre alguma seca nas previsões, mas ainda temos duas ou três semanas para receber as chuvas. Parece que há muitos tentando justificar as boas altas que o mercado vem apresentando, mas falar de seca nesse momento me parece bastante prematuro", disse um analista da consultoria FCStone de Londres, Matt Ammermann à agência Bloomberg.
BMF&Bovespa
Na BMF&Bovespa, as principais posições da commodity tentam se manter do lado positivo da tabela nesta terça-feira. O contrato setembro/14 era negociado a R$ 23,56, com valorização de 0,47%. Com a evolução da colheita da segunda safra brasileira, estimada em mais de 46,19 milhões de toneladas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), os preços continuam pressionados.
“Com o cenário interno de estoques elevados, o mercado não consegue reagir e depende de exportações no segundo semestre. E também dos leilões do Governo, que possam enxugar o excedente de oferta”, afirma Cachia.
Até o momento, não há nenhuma sinalização de medida concreta por parte do Governo, apesar da solicitação dos representantes do setor. Diante desse cenário, as cotações permanecem pressionadas negativamente no mercado. Com isso, o analista destaca que o produtor rural deve fazer as contas para definir a sua estratégia de comercialização.
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