Milho: Em Chicago, mercado absorve dados do USDA e caminha para 2ª queda consecutiva

Publicado em 12/09/2014 13:16

Ao longo das negociações desta sexta-feira (12) na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho ampliaram as perdas. Por volta das 12h41 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam perdas entre 2,25 e 2,50 pontos. O vencimento dezembro/14 era cotado a US$ 3,38 por bushel, após ter fechado a sessão anterior a US$ 3,41 por bushel.

Os analistas destacam que, o mercado ainda absorve as projeções reportadas no novo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgado na tarde desta quinta-feira (11). O órgão revisou para cima a safra norte-americana de milho para 365,65 milhões de toneladas e o rendimento médio das lavouras em 181,72 sacas por hectare, ambas as projeções ficaram acima do esperado pelos investidores, fator que ainda pressiona os preços.

Nesta sexta-feira, a agência internacional de notícias Bloomberg informou que, com a queda de hoje, os futuros do cereal caminham para uma perda de 4,4% somente essa semana. Se confirmada, essa será a maior redução registrada desde 11 de julho.

Já o site Farm Futures reportou que as temperaturas estão mais baixas em algumas localidades no Noroeste do Corn Belt, porém, não são esperados danos significativos para a cultura. A previsão para os próximos dias é de chuvas leves em boa parte do cinturão produtor de milho.

Paralelo a esse cenário, as notícias do lado da demanda são insuficientes para ocasionar uma modificação nos preços. Ainda hoje, o USDA anunciou a venda de 116 mil toneladas de milho para destinos não revelados. O volume deverá ser entregue na temporada 2014/15. 

Já os embarques semanais do cereal foram estimados 1.904 milhão de toneladas até a semana encerrada no dia 4 de setembro. O volume ficou bem acima do divulgado na semana anterior, de 525,6 mil toneladas. Os dados foram anunciados pelo departamento norte-americano nesta quinta-feira.

Safra da China

De acordo com informações do CNGOIC (Centro Chinês para Informações de Grãos, na sigla em inglês), a China deverá colher 213,8 milhões de toneladas de milho em 2014, a segunda maior da história. A projeção está acima do volume colhido no ano anterior, de 218,5 milhões de toneladas. As importações chinesas foram estimadas em 2,7 milhões de toneladas. 

Já o consumo no país foi projetado em 186,5 milhões de toneladas, um crescimento de 7 milhões de toneladas em relação ao ano passado. Ontem, o USDA projetou a safra em 217 milhões de toneladas, redução em comparação com o último relatório, de 222 milhões de toneladas, devido à seca registrada no país. 

Mercado interno

Durante essa semana, os preços praticados no mercado interno estiveram mais baixos. Os negócios permanecem lentos, principalmente em decorrência da queda registrada no mercado internacional e também do recuo nas cotações no Porto de Paranaguá. Na quinta-feira, a saca terminou o dia cotada a R$ 21,80 no porto.

Além disso, os produtores também estão atentos aos leilões de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor) que, aos poucos, estão sendo realizados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A última operação, feita ontem, negociou 89,08% das 1,8 milhão de toneladas do cereal. A próxima operação será realizada na próxima quinta-feira (18), com volume total ofertado de 1,750 milhão de toneladas.

Enquanto isso, as exportações caminham devagar. Nos cinco primeiros dias de setembro, as exportações brasileiras de milho totalizaram 340,5 mil toneladas, com média diária de 68,1 mil toneladas. E a perspectiva é que esse ano, os embarques não alcancem o previsto pela companhia, de 21 milhões de toneladas. Situação que pode impactar no volume dos estoques do país.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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