Milho: Mercado aguarda números do USDA e opera em queda na CBOT

Publicado em 10/10/2014 09:35

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com leves quedas no início do pregão desta sexta-feira (10). Por volta das 8h32 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam perdas entre 3,00 e 3,25 pontos. O vencimento dezembro/14 era cotado a US$ 3,41 por bushel.

Durante essa semana, os futuros do cereal registraram o maior avanço semanal desde 2013, conforme informações reportadas pela agência internacional de notícias Bloomberg. O principal fator de suporte aos preços nos últimos dias foi a preocupação em relação ao atraso da colheita nos EUA. Até o último domingo, apenas 17% da área havia sido colhida, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Além disso, na sessão anterior, os futuros do cereal também foram impulsionados pelos números das vendas para exportação reportados pelo departamento norte-americano. Até o dia 2 de outubro, as vendas somaram 784,8 mil toneladas de milho. O volume ficou acima das expectativas dos participantes do mercado, de 650 mil toneladas e também é superior ao índice da semana anterior, de 638,1 mil toneladas do grão. 

Entretanto, o mercado voltou a recuar devido às perspectivas para os números do relatório de oferta e demanda do USDA. A perspectiva é que a safra do cereal norte-americano totalize 368,95 milhões de toneladas, um aumento expressivo em relação à última previsão, de 365,65 milhões de toneladas. Ainda assim, alguns investidores apostam que a produção norte-americana nesta temporada pode ficar acima das 370 milhões de toneladas para o milho.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Milho: Em véspera do relatório do USDA, mercado fecha pregão em alta frente ao atraso da colheita nos EUA

Pelo 7º pregão consecutivo, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam do lado positivo da tabela. Ao longo dos negócios desta quinta-feira (9), as principais posições da commodity reverteram as quedas e terminaram a sessão com ganhos entre 0,75 e 1,50 pontos. O vencimento dezembro/14 era cotado a US$ 3,44 por bushel.

Segundo informações reportadas pela agência internacional de notícias Bloomberg, os preços do cereal registraram o rali mais longo dos últimos 8 meses. No pregão de hoje, os futuros do milho foram impulsionados pelos números das vendas para exportação, que subiram 23% de uma semana para outra, conforme dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). 

Até o dia 2 de outubro, as vendas somaram 784,8 mil toneladas de milho. O volume ficou acima das expectativas dos participantes do mercado, de 650 mil toneladas e também é superior ao índice da semana anterior, de 638,1 mil toneladas do grão. 

No acumulado da temporada 2014/15, as vendas do milho somam 15.298,4 milhões de toneladas, frente as 44,450 milhões de toneladas projetadas pelo departamento norte-americano. Com isso, cerca de 34% das exportações já foram comprometidas. 

"As exportações melhoraram e podem dar um impulso ao mercado do milho", disse o presidente da Brugler Marketing & Management, Alan Brugler, em entrevista à Bloomberg. 

Outro fator que também contribuiu para a formação do cenário foi as informações em relação ao clima. Frente às condições climáticas desfavoráveis nesse momento, com excesso de chuvas, os trabalhos nos campos evoluíram pouco em comparação com a semana passada. De acordo com dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), até o último domingo apenas 17% da área cultivada nesta safra havia sido colhida.

Entretanto, apesar da reação, os fundamentos para o mercado permanecem negativos. E, nesse momento, a perspectiva de uma safra maior do que esperado inicialmente pressiona os preços. Nesta sexta-feira (10), o USDA irá divulgar o novo boletim de oferta e demanda e, a expectativa dos participantes do mercado é que haja uma revisão para cima na projeção para a produção de milho dos EUA. 

A perspectiva é que a safra do cereal norte-americano totalize 368,95 milhões de toneladas, um aumento expressivo em relação à última previsão, de 365,65 milhões de toneladas. Ainda assim, alguns investidores apostam que a produção norte-americana nesta temporada pode ficar acima das 370 milhões de toneladas para o milho.

Mercado interno 

Os preços do milho praticados no mercado interno brasileiro permaneceram estáveis nas principais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas. Em São Gabriel do Oeste (MS), o dia foi de valorização de 1,25%, com a saca cotada a R$ 16,20, em Jataí (GO), a alta foi menor, de 0,18% e a saca do milho terminou a quinta-feira negociada a R$ 16,73. Em contrapartida, no Porto de Paranaguá, a saca encerrou o dia cotada a R$ 23,40, com queda de 0,43%.

Nesta quinta-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou novo boletim de acompanhamento da safra brasileira. Para a safra de verão 2014/15, a companhia destaca que a produção poderá ficar abaixo de 30 milhões de toneladas, em função da redução da área plantada, frente aos preços que permanecem mais baixos e sem expectativas de recuperação no curto prazo. Ao todo, é projetada uma diminuição de até 4,6% na área, em relação ao ano passado. 

Para a próxima safra, há uma perspectiva de aumento no consumo interno cerca de 2%, podendo alcançar 55 milhões de toneladas. O índice mais baixo, segundo a companhia, é decorrente do setor de produção animal que ainda não reflete os embargos da Rússia em relação aos Estados Unidos e a Europa. 

Já os estoques das safras 2013/14 e 2014/15 deverão permanecer elevados, o que deverá influenciar na formação dos preços no mercado interno. E que também poderá refletir na decisão do produtor rural no plantio do milho safrinha no próximo ano.

Exportações de milho

A companhia também fez um balanço das exportações brasileiras de milho. Em setembro deste ano, os embarques somaram 2,7 milhões de toneladas, uma redução de 22,28% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. A expectativa é que sejam exportadas ao redor de 21 milhões de toneladas do grão nesta temporada.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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