Milho: Nesta 3ª feira, mercado recua em Chicago e contrato março/15 é cotado a US$ 4,05 por bushel

Publicado em 16/12/2014 07:38 e atualizado em 16/12/2014 12:41

Depois das recentes altas, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a operar em campo negativo. No início do pregão desta terça-feira (16), as principais posições da commodity recuavam e, por volta das 8h20 (horário de Brasília), exibiam perdas entre 2,50 e 3,25 pontos. O contrato março/15 era cotado a US$ 4,05 por bushel. 

Segundo informações do site internacional Agrimoney, o mercado esboça uma reação tardia à queda dos preços do petróleo. Na manhã de hoje, o barril de petróleo era negociado a US$ 54,79 na Bolsa de Nova York. As duas commodities têm uma correlação, já que nos EUA, em torno de um terço do grão è destinado à fabricação do etanol.

No pregão anterior, o mercado encontrou suporte nos números dos embarques semanais indicados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em 546,51 mil toneladas até o dia 11 de dezembro. Além disso, as perdas observadas no Leste Europeu também devem impactar os preços do cereal, conforme destacam os analistas.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Milho: Em dia de realização de lucros, preços recuam na BM&F, mas março/15 mantém nível de R$ 31,40/sc

Na sessão da BM&F Bovespa, as principais posições do milho terminaram o dia com leves perdas. Durante os negócios desta segunda-feira, os contratos do cereal registraram reduziram parte das quedas e encerraram o pregão com desvalorizações 0,17% e 1,17%. O vencimento março/15 era cotado a R$ 31,40 a saca.

As cotações futuras do cereal exibiram um movimento de realização de lucros, após acumular ganhos de mais de 7% na semana anterior. E o mercado recuou apesar da forte alta registrada no câmbio nesse início de semana. A moeda norte-americana terminou a segunda-feira negociada a R$ 2,6853 na venda, com alta de 1,29%. Na máxima do dia, o dólar atingiu o nível de R$ 2,7019 na venda.

Na visão do consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que, o dólar acima dos R$ 2,65 é um fator altista ao mercado do cereal. "O mercado internacional também é comprador e existem perdas importantes na safra do Leste Europeu, que devem deixar de exportar boa parte do previsto e, com isso, novos compradores devem surgir no mercado americano e na América do Sul também", explica.

Outra variável que também continuar influenciando o mercado brasileiro de milho é a demanda. O consultor sinaliza que, a demanda, especialmente no setor de proteína animal é forte e com os bovinos, boa parte indo para o confinamento, a tendência é de manutenção da demanda em 2015.

"A demanda é um fator muito importante. E temos que levar em conta que, os números reportados pelos órgãos brasileiros em relação a primeira safra estão muito otimistas. Cerca de 25% dos produtores reduziram a área cultivada com o grão e, isso vai refletir em uma oferta menor no começo de 2015", diz Brandalizze.

Em contrapartida, as exportações seguem firmes. De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior, até a 2ª semana de dezembro, as exportações ficaram em 205,5 mil toneladas do grão. O número representa uma alta de 38%, em relação ao mês anterior, quando foram embarcadas no mesmo período, 148,9 mil toneladas.

Já no mesmo período do ano anterior, os produtores brasileiros exportaram 146,9 mil toneladas do grão. Em comparação com a média de dezembro de 2014, o ganho é de 39,9%. "E com esse conjunto de fatores, a BM&F acabou corrigindo para cima. Ainda temos espaço para crescer mais durante essa semana. O mercado está mais comprador e pouco vendedor", ressalta o consultor.

Bolsa de Chicago

Em uma sessão volátil, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram o pregão desta segunda-feira (15) com ligeiras altas. As principais posições da commodity registraram ganhos entre 1,00 a 1,50 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 4,07 por bushel, após ter iniciado o dia negociado a US$ 4,09 por bushel.

Ao longo dos negócios, os preços futuros da commodity reduziram os ganhos e terminaram o dia com leves valorizações. Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou os embarques semanais em 546,51 mil toneladas até o dia 11 de dezembro. Na semana anterior, o número ficou em 532,49 mil toneladas do grão.

No acumulado no ano safra, os produtores norte-americanos já embarcaram cerca de 10.161,20 milhões de toneladas, contra 9.825,18 milhões de toneladas registrados no mesmo período do ano passado. Para essa temporada, a estimativa do USDA é de 44.500,00 milhões de toneladas do cereal.

Segundo informações divulgadas pelo site internacional de notícias, o boletim do departamento norte-americano indicando uma possível redução na área cultivada com o milho nesta safra também contribuiu para a formação do cenário. Em seu último relatório de oferta e demanda, o USDA apontou a área semeada com o grão em 36,79 milhões de hectares, porém, a expectativa é que o número fique próximo de 34,92 milhões de hectares. 

Além disso, o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, afirma que as perdas nas produções de milho e trigo no Leste Europeu deverão impactar o mercado internacional do cereal. Em contrapartida, os investidores também aguardam mais informações sobre os rumores de que a China pode autorizar a compra de DDGs, um subproduto do processamento do grão na produção do etanol e com alta concentração de proteína, utilizado na produção de rações.  Os chineses têm restringido a importação do subproduto e, inclusive, chegou a cancelar as compras neste ano.

 

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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