Milho: Na CBOT, mercado dá continuidade ao movimento negativo e opera em queda pelo 2º dia consecutivo

Publicado em 20/05/2015 07:58

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros operam com ligeiras quedas na manhã desta quarta-feira (20). Por volta das 7h37 (horário de Brasília) as principais posições da commodity exibiam perdas entre 1,25 e 1,75 pontos. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,60 por bushel, após ter encerrado o pregão anterior a US$ 3,62 por bushel.

O mercado dá continuidade ao movimento negativo registrado na sessão de terça-feira e trabalha em queda pelo segundo dia consecutivo. Nesse momento, o foco dos investidores permanece na safra norte-americana, que caminha bem. Depois das preocupações iniciais com o excesso de chuvas, os produtores dos EUA têm conseguido avançar com os trabalhos nos campos e entram na fase final de plantio do cereal. Até o último domingo, a semeadura chegou a 85% da área prevista, conforme reporte do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Além disso, as previsões climáticas ainda indicam chuvas para o Meio-Oeste do país, o que tem contribuído para o bom desenvolvimento da produção 2015/16, até o momento. Paralelamente, as safras da América do Sul, especialmente Brasil e Argentina, também estão sendo observadas pelos participantes do mercado.

Ainda ontem, o recuo nos embarques semanais, indicados pelo USDA também ajudaram a pressionar as cotações do milho. Até a semana encerrada no dia, os embarques ficaram em 1.108,039 milhão de toneladas, contra 1.136,396 milhão de toneladas do grão.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Milho: Em meio ao bom andamento da safra norte-americana, preços fecham pregão com perdas acentuadas

As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta terça-feira (19) com perdas mais acentuadas. Os contratos do cereal ampliaram as quedas e terminaram o dia com desvalorizações entre 5,50 e 6,00 pontos no mercado internacional. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,62 por bushel, depois de ter iniciado a sessão a US$ 3,64 por bushel.

Após os ganhos registrados no dia anterior, as cotações subiram impulsionadas pela valorização do trigo, o mercado voltou a focar o andamento da safra norte-americana e terminou a terça-feira em campo negativo. Até o momento, os produtores dos EUA têm conseguido avançar com a semeadura do grão, sem grandes preocupações. De acordo com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o plantio do cereal chegou a 85% da área prevista para essa safra até o último domingo (17).

A média dos últimos cinco anos, para o período, é de 75%. No ano passado, o percentual era de 71%, já os investidores apostavam em um número ao redor de 83% até 90% da área semeada. Paralelamente, em torno de 56% das lavouras do cereal já emergiram no país, ainda conforme boletim de acompanhamento de safras do departamento. Na semana passada, o percentual era de 29% e, em 2014, o número era de 32%. A média dos últimos cinco anos é de 40% para o período.

"O Meio-Oeste dos EUA continua a receber chuvas, mas os agricultores têm conseguido evoluir com o plantio da safra 2015/16. Uma das preocupações era com o frio e a neve, especialmente nos estados do Norte do cinturão produtor. No entanto, o relatório de ontem reportou que ainda é muito cedo para avaliar o impacto do clima nas culturas", disse Bob Burgdorfer, analista de mercado da Farm Futures.

Outro fator que também contribuiu para dar o tom negativo aos negócios foi o relatório de embarques semanais. O relatório, tradicionalmente divulgado na segunda-feira, foi reportado hoje devido a problemas técnicos no departamento norte-americano. Até a semana encerrada no dia 14 de maio, os embarques de milho ficaram em 1.108,039 milhão de toneladas.

Na semana passada, o número ficou em 1.136,396 milhão de toneladas. Já no mesmo período do ano passado, os embarques somaram 1.063,857 milhão de toneladas. No acumulado do ano safra, com início em 1º de setembro, os embarques totalizam 29.912,833 milhões de toneladas, contra as 31.527,926 milhões de toneladas acumuladas no ano safra anterior.

Outro fator relatado pelas agências internacionais que pressionaram os preços do cereal está a alta do dólar frente a outras moedas. O fator acaba tirando a competitividade das commodities norte-americanas no mercado internacional. Do mesmo modo, os investidores também estiveram atentos ao andamento da safra da América do Sul.

Na Argentina, a colheita do milho já ultrapassa os 40% e a safra é estimada em 30 milhões de toneladas, segundo dados do Ministério de Agricultura do país. Já no Brasil, o clima tem contribuído para o bom desenvolvimento da segunda safra. Consequentemente, a perspectiva é de safra recorde nesta temporada, podendo ficar acima dos 50 milhões de toneladas.

Mercado interno

Nas principais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, o dia foi de estabilidade aos preços do milho. No Porto de Paranaguá, a saca do cereal manteve o patamar dos R$ 27,80, para entrega em outubro. Em Tangará da Serra (MT) e Campo Novo do Parecis (MT), a terça-feira foi de queda e as cotações ficaram em R$ 18,00 e R$ 16,00, respectivamente.

Assim como o mercado internacional já observa o bom andamento da safra brasileira, esse tem sido o principal fator de pressão sobre os preços no mercado interno. O cenário ainda é favorável aos compradores, o que tem deixado os negócios lentos. Na região de Unaí (MG), os preços do milho recuaram de R$ 26,00 para R$ 21,00 nos últimos dias. Com isso, o produtor rural do município, Régis Wilson, destaca que a comercialização segue em ritmo lento e, apenas os agricultores que têm dívidas para quitar durante o mês de maio, fecham negócios.

Por outro lado, as exportações brasileiras recuaram 94,9% até a segunda semana de maio e totalizaram 4 mil toneladas. Tradicionalmente, os embarques do cereal ganham força a partir do segundo semestre. Enquanto isso, os analistas orientam que, nesse momento, os produtores, que tiverem condições, devem sair do mercado e planejar as vendas, especialmente a partir de outubro.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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