Milho: Na CBOT, mercado registra leves ganhos na manhã desta 5ª feira e tenta consolidar 3º dia consecutivo de alta

Publicado em 20/08/2015 08:17

No início da sessão desta quinta-feira (20), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) trabalham com leves altas. Por volta das 8h03 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam ganhos entre 1,00 e 2,00 pontos. O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 3,69 por bushel, depois de encerrar o dia anterior a US$ 3,67 por bushel.

As cotações do cereal tentam consolidar o terceiro dia consecutivo de alta no mercado internacional. Os investidores ainda acompanham a finalização do desenvolvimento da safra norte-americana que, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), deverá totalizar 347,64 milhões de toneladas nesta temporada. Porém, a Pro Farmer Crop Tour já estimou o rendimento das lavouras de milho em Indiana em 150,97 sacas por hectare, uma queda de 23% em relação à safra passada.

Ainda segundo o departamento norte-americano, em torno de 71% das plantações está em fase de enchimento de grão, uma das mais importantes no desenvolvimento da cultura. Paralelamente, as chuvas previstas ao longo dessa semana no Meio-Oeste do país deverão favorecer as lavouras do cereal, conforme o reporte das agências internacionais. Ainda hoje, o USDA divulga novo boletim de vendas para exportação que poderá influenciar o andamento das negociações em Chicago.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Milho: Investidores acompanham a safra dos EUA e mercado fecha em campo positivo pelo 2º dia consecutivo

A sessão desta quarta-feira (19) foi de leve alta para os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal encerraram em campo positivo pelo 2º dia consecutivo, com altas entre 0,75 e 1,25 pontos. O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 3,67 por bushel, após iniciar o dia a US$ 3,68 por bushel.

Ao longo do dia, o mercado tentou dar continuidade aos ganhos observados no dia anterior. Os analistas destacam que os preços registraram perdas expressivas recentemente e nos atuais patamares os investidores voltam à ponta compradora. Na semana anterior, o mercado caiu e perdeu o nível dos US$ 4,00 por bushel, movimento acentuado pelas perspectivas sobre a produção norte-americana, de 347,64 milhões de toneladas do grão, conforme informou o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu último relatório de oferta e demanda.

Por outro lado, as previsões climáticas ainda permanecem no radar dos participantes do mercado. Isso porque, as lavouras do cereal ainda estão em fase de enchimento de grãos, uma das mais importantes do ciclo da cultura. Ainda segundo o departamento norte-americano, cerca de 71% das plantações do grão estão em fase de enchimento de grão e 21% das lavouras estão na fase do milho dentado.

Até o momento, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - aponta para chuvas nos próximos 7 dias no Meio-Oeste dos EUA. Inclusive há risco de tempestades em algumas regiões do Corn Belt ao longo do final de semana. Contudo, a perspectiva é de que as precipitações são favoráveis ao índice de umidade nos solos. Na contramão desse cenário, a previsão estendida já indica um tempo mais seco e temperaturas mais elevadas ao longo dos próximos 6 a 10 dias.

"Precisamos acompanhar e ver se as precipitações dessa semana irão aliviar o stress do tempo seco nas culturas", disse o editor do site Farm Futures, Bob Burgdorfer.

Previsão de chuvas no Meio-Oeste dos EUA nos próximos 7 dias - Fonte: NOAA

Previsão de chuvas no Meio-Oeste dos EUA nos próximos 7 dias - Fonte: NOAA

Mercado interno

No Porto de Paranaguá, a saca do milho para entrega em outubro/15 fechou a quarta-feira estável em R$ 31,00. A cotação não conseguiu avançar apesar da valorização do dólar e dos leves ganhos observados no mercado internacional. A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,48, com alta de 0,40%.

"Nesse momento, os produtores brasileiros estão em uma situação confortável. Temos muito embarque de milho da safrinha já programado", explica o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.

Já no restante do Brasil, as cotações permanecem firmes, mesmo com a finalização da colheita da segunda safra em algumas regiões, como é o caso do estado de Mato Grosso. De acordo com informações reportadas pelo Cepea, da Esalq/USP, o mercado tem encontrado suporte nas exportações aquecidas, que, por sua vez, são favorecidas pela alta do dólar, que contribui para a competitividade do produto brasileiro no cenário internacional.

No acumulado de agosto, os embarques brasileiros totalizam 906,2 mil toneladas do milho, com média diária de 90,6 mil toneladas. E, ainda segundo o Cepea, o line-up, a programação para o carregamento de grãos, no terminal de Paranaguá indica que as exportações tendem a continuar em alta no mês.

Na região de Mineiros (GO), a valorização do câmbio também tem contribuído para sustentar os preços do cereal. "Temos valores estáveis entre R$ 18,00 a R$ 19,00 a saca do milho. Isso porque com a desestabilidade econômica no Brasil tivemos um impacto no dólar, fator que contribuiu para a competitividade do produto no mercado internacional. Se não tivéssemos as exportações aquecidas, provavelmente estaríamos com preços ruins. Além disso, já temos uma boa procura de milho para outubro e novembro”, ressalta o presidente do Sindicato Rural do município, Fernando de Carvalho de Mendonça.

BM&F Bovespa

O câmbio também influenciou os negócios na BM&F Bovespa. Com isso, as principais posições do milho encerraram a sessão com altas entre 0,35% e 0,84%. O contrato setembro/15 era cotado a R$ 28,01, com ganho de 0,76%.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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