Milho: Após 6 pregões em alta, mercado volta a trabalhar do lado negativo da tabela nesta 3ª feira na CBOT

Publicado em 15/09/2015 07:04

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho iniciaram o pregão desta terça-feira (15) do lado negativo da tabela. Por volta das 6h29 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ligeiras quedas entre 1,25 e 1,75 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,91 por bushel, depois de fechar o dia anterior a US$ 3,93 por bushel.

O mercado voltou a operar em queda após 6º sessões consecutivas em alta. Nesta segunda-feira, as cotações da commodity registrou ganhos de 6 pontos impulsionadas ainda pelo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), reportado na última sexta-feira e, que trouxe uma revisão para baixo na produção e estoques norte-americanos.

Ainda ontem, o órgão também trouxe os primeiros números oficiais sobre o andamento da colheita do milho da safra 2015/16. Até o último domingo (13), cerca de 5% da área cultivada nesta temporada já havia sido colhida. No mesmo período do ano passado o índice era de 4% e a média dos últimos cinco anos é de 9%. Os participantes do mercado apostavam em um percentual colhido ao redor de 4%.

Em torno de 87% das plantações ainda estão na fase de milho dentado, contra 76% da semana anterior e, 35% em estágio de maturação. O departamento ainda manteve em 68% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições, 22% estão em situação regular e 10% apresentam condições ruins ou muito ruins.

Confira como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Milho: Na CBOT, mercado fecha em alta pelo 6º pregão consecutivo e nos maiores níveis em um mês

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta segunda-feira (14) do lado positivo da tabela, nos maiores patamares em um mês. As principais posições do cereal ampliaram os ganhos ao longo do dia e consolidaram o 6º pregão consecutivo de valorização, com altas entre 6,00 e 6,50 pontos. O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,93 por bushel, depois de iniciar a US$ 3,88 por bushel.

As cotações do cereal deram continuidade ao movimento positivo iniciado na última sexta-feira e decorrente dos números do novo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O órgão revisou a safra norte-americana para 345,08 milhões de toneladas de milho. Em agosto, a projeção era de 347,64 milhões de toneladas.

O rendimento das lavouras do cereal também foi revistos e passou de 178,65 sacas por hectare para 177,27 sacas por hectare. A safra mundial de milho foi estimada em 978,1 milhões de toneladas do cereal, contra as 985,61 milhões de toneladas projetadas em agosto. Do mesmo modo, os estoques finais ficaram em 189,69 milhões de toneladas, frente as 195,09 milhões de toneladas indicadas no relatório anterior.

"O departamento reduziu a projeção da safra dos EUA e deixou um quadro mais ajustado entre oferta e demanda, assim como, no mercado mundial. Além disso, o produtor americano não está vendendo a safra. Até o momento, temos entre 25% a 30% da safra negociada, o normal para essa época do ano é de um volume negociado ao redor de 40% até 45%. E nos meses spot, o preço ainda está abaixo dos US$ 4,00 por bushel e não cobre os custos de produção, o agricultor não irá vender", explica o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.

Ainda assim, o site internacional Farm Futures informou que com a alta desta segunda-feira, os produtores aproveitaram para realizar alguns negócios. "Com os futuros mais elevados, os agricultores realizaram negócios com a safra velha e alguma coisa da safra nova também", disse Bob Burgdorfer, analista e editor do portal.

Ainda nesta segunda-feira, o USDA reportou novo relatório de embarques semanais. No milho, os números ficaram em 711,178 mil toneladas até a semana encerrada no dia 10 de setembro. O volume ficou abaixo das perspectivas dos participantes do mercado, que apostavam em número entre 760 mil a 940 mil toneladas do grão. No acumulado da temporada, os embarques de milho somam 1.194,131 milhões de toneladas, menor do que o observado no mesmo período do ano anterior de 1.492,064 milhão de toneladas.

Enquanto isso, os participantes do mercado ainda esperam dados sobre o andamento da colheita do cereal norte-americano. A projeção é que o USDA divulgue que cerca de 4% da área já tenha sido colhida. O departamento reporta seu boletim de acompanhamento de safras no final da tarde de hoje.

Mercado interno

A segunda-feira (14) foi positiva aos preços do milho negociados no mercado interno. No terminal de Paranaguá, a saca do cereal para entrega outubro/15 terminou o dia com ganho de 3,03%, cotada a R$ 34,00. No Porto de Santos, a alta foi de 1,43% e a saca negociada a R$ 35,50. Em São Gabriel do Oeste (MS), a valorização foi de 7,50%, com a saca do grão a R$ 21,50.

Na região de Jataí (GO), os preços também subiram 2,17%, com a saca cotada a R$ 23,50. Nas praças de Ubiratã e Londrina, ambas no Paraná, o ganho foi de 1,35% e a saca do milho a R$ 22,50. Nas demais praças pesquisadas pelos Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade aos preços do cereal.

Apesar da queda do dólar, que encerrou a segunda-feira a R$ 3,8138 na venda e queda de 1,63%, a forte alta em Chicago também contribuiu para o cenário positivo no mercado interno. Além disso, mesmo com a perda, a moeda norte-americana segue valorizada frente ao real. E segue contribuindo para a competitividade do produto brasileiro no cenário internacional.

Na primeira semana de setembro, as exportações de milho totalizaram 666 mil toneladas e média diária de 166,5 mil toneladas. Ainda hoje, o Cepea informou que, caso os embarques continuem acelerados, o volume total projetado para setembro deve atingir os 3,5 milhões de toneladas. A projeção é que nesta temporada o país supere o recorde registrado em 2013, de 26 milhões de toneladas embarcadas. No total acumulado entre fevereiro até a primeira semana de setembro, os embarques de milho ficaram em 6,36 milhões de toneladas do grão.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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