Milho: Em Chicago, preços operam com leves quedas, próximos da estabilidade nesta 4ª feira

Publicado em 27/01/2016 07:07

Nesta quarta-feira (27), as cotações futuras do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) operam próximos da estabilidade, após abrir o mercado com leves altas. Em meio à ausência de novas informações, o mercado dá continuidade ao movimento técnico, respeitando o intervalo de US$ 3,50 e US$ 4,00 por bushel. No patamar mais baixo, os vendedores acabam retraindo as vendas e no mais alto, diminui o interesse dos compradores, conforme ressaltam as agências internacionais.

Com isso, os investidores seguem observando os dados da demanda pelo produto norte-americano. Porém, as vendas do cereal seguem abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, de acordo com dados dos boletins do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Já as especulações em relação à nova do país continuam, mas, até o momento, não há nenhuma definição por parte dos produtores americanos.

Às 12h36 (horário de Brasília), os contratos de março/16 e maio/16 operam estáveis, negociados respectivamente a US$ 3,69 por bushel e US$ 3,74 por bushel. O vencimento setembro/16 perdia 0,25 pontos e cotado a US$ 3,83 por bushel, enquanto dezembro/16 valia US$ 3,91 por bushel.

Na BM&F Bovespa, os contratos futuros do milho exibiam ganhos nos principais contratos, após o encerrar no lado negativo da tabela no último fechamento. O vencimento março/16 voltou ao patamar e era negociado a R$ 40,15 por saca, com ganhos de 0,88%. Maio/16 subia 1,05% e estava cotado a R$ 38,40 por saca, enquanto setembro/16 valia R$ 36,75 pela saca.

Os ganhos na BM&F Bovespa podem ter influência ao recuo do dólar, que às 12h44 pelo horário de Brasília era cotado a R$ 4,03, com perdas de 0,85%. De acordo com informações da agência de notícias Reuters, operadores aguardam que o relatório do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano), possa trazer um tom mais brando, diante dos sinais de fraqueza da economia global. 

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira (26), por Fernanda Custódio: 

Milho: Cotações consolidam movimentação negativa e fecham pregão desta 3ª feira em queda na BM&F

As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa consolidaram o movimento negativo e encerraram o pregão desta terça-feira (26) com perdas entre 0,82% e 1,00%. O vencimento março/16 perdeu o patamar de R$ 40,00 a saca, cotado a R$ 39,80 a saca. Já o setembro/16 era negociado a R$ 36,50 a saca.

Já no mercado interno, o dia foi ligeira movimentação aos preços do milho. Nesta terça-feira (26), o preço subiu 0,75% em Tangará da Serra (MT), com a saca a R$ 27,00, já em Campo Novo do Parecis (MT), o ganho foi de 0,38% e a saca cotada a R$ 26,40. No Porto de Paranaguá, a referência para a saca do grão ficou próxima de R$ 42,00 e no Porto de Rio Grande, em R$ 37,50 a saca.

Já em São Gabriel do Oeste (MS), a cotação do cereal recuou 7,25%, com a saca negociada a R$ 32,00. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade aos preços da commodity. De acordo com o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os negócios com o cereal estão mais lentos nesse momento.

Além da influência cambial, os analistas ainda destacam o efeito psicológico trazido ao mercado com a confirmação dos leilões dos estoques públicos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Ainda hoje, a moeda norte-americana fechou o dia a R$ 4,0700 na venda, com queda de 0,78%. Na mínima da sessão, o dólar tocou o patamar de R$ 4,0520.

O câmbio acabou sendo pressionado pela recuperação nos preços do petróleo, que trouxe um alívio aos mercados mundiais depois de dias de intensa preocupação, informou a agência Reuters. Por sua vez, o petróleo era negociado acima de US$ 31,00 o barril, por volta das 17h40 (horário de Brasília).

Já em relação aos leilões, o analista mercado da FocoMT Agentes Autônomos, Marcos Hildenbrandt ressalta que o anúncio da venda de 500 mil toneladas dos estoques públicos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) tem um efeito psicológico no mercado. "Se consumimos 55 milhões de toneladas de milho por ano são mais de 1 milhão de toneladas consumidas por semana. Então, 500 mil toneladas seria o consumo de 15 dias. Não é muito milho, porém, ajudou a esfriar o mercado", pondera o analista.

A companhia lançou na última semana dois editais para a venda de 150 mil toneladas do cereal dos estoques públicos, de um total de 500 mil toneladas já aprovadas pelo Mapa (Ministério da Agricultura). Ambos os leilões eletrônicos serão realizados no dia 1 de fevereiro de 2016, o primeiro negociará um volume de 40.326,387 mil toneladas e o segundo, 109.673,613 mil toneladas de milho em grãos, a granel, conforme dados dos editais.

O valor de cada operação ainda deverá ser reportado em R$/kg, com ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) excluído e com antecedência de até 2 dias úteis da data de realização do leilão, segundo item 6 do edital.

Bolsa de Chicago

As cotações futuras do milho tiveram mais uma sessão volátil na Bolsa de Chicago (CBOT). Ao longo do dia, as cotações do cereal testaram os dois lados da tabela, mas encerraram o dia com ligeiras perdas, entre 0,25 e 1,00 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,69 por bushel, já o contrato maio/16 era negociado a US$ 3,74 por bushel.

Os analistas internacionais ressaltam que o mercado passa por um momento técnico, respeitando o intervalo de US$ 3,50 a US$ 4,00 por bushel. E, nesse instante, não há informações que possam impulsionar os preços em Chicago. Apesar das especulações sobre a nova safra norte-americana, ainda não há uma definição sobre a área real que será destinada ao cereal na temporada 2016/17.

Por enquanto, as consultorias privadas já reportaram suas estimativas para a safra do país, porém, a decisão por parte dos produtores rurais só deve acontecer no próximo mês. Para a Société Genéralé, a área cultivada com o grão deverá somar 35,61 milhões de hectares, mesma área cultivada no ciclo anterior, conforme levantamento do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Já a Farm Futures aposta em uma área de 36,22 milhões de hectares e a Informa Economics projeta o plantio do cereal em 35,96 milhões de hectares.

Paralelamente, os investidores ainda acompanham a demanda pelo produto norte-americano. Ainda nesta segunda-feira, o USDA estimou os embarques do cereal em 599,765 mil toneladas até a semana encerrada no dia 21 de janeiro. Apesar de ter ficado dentro das estimativas dos participantes do mercado, entre 483 mil a 610 mil toneladas, no acumulado da temporada os embarques estão 21,5% abaixo do registrado em igual período do ano anterior. Para essa temporada, o departamento americano estima as exportações de milho em 43,18 milhões de toneladas.

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Por:
Fernanda Custódio // Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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