Milho: Após dois dias de queda, mercado exibe ligeiras altas na manhã desta 5ª feira em Chicago

Publicado em 25/02/2016 08:11

Depois de dois de perdas, as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a trabalhar em campo positivo na manhã desta quinta-feira (25). As principais posições do cereal exibiam ganhos entre 0,75 e 1,50 pontos, por volta das 7h44 (horário de Brasília). O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,60 por bushel e o maio/16 a US$ 3,66 por bushel.

Segundo informações reportadas pelo site internacional Farm Futures, as cotações fecharam o dia anterior com ligeiras perdas, mas próximos da estabilidade ajudadas pela estabilidade registrada nos preços do petróleo. A forte volatilidade observada nos valores da commodity nos últimos dias tem contribuído para a movimentação no mercado de milho em Chicago.

Além disso, os investidores também aguardam o Outlook Forum, que será realizado entre hoje e amanhã (26), e irá trazer as primeiras projeções para a safra norte-americana 2016/17.  Por enquanto, as apostas dos investidores é que haja um incremento na área cultivada com o cereal de 1,80% nesta temporada. Com isso, a área plantada deve passar de 35,61 milhões de hectares, da safra anterior, para 36,26 milhões de hectares.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Milho: No mercado interno, preços continuam sustentados diante da oferta ajustada e demanda firme

Apesar da leve queda no dólar, os preços do milho nos portos brasileiros permaneceram estáveis nesta quarta-feira (24). No terminal de Paranaguá, o valor futuro, para entrega em setembro/16 ficou em R$ 36,50 a saca, já em Rio Grande, a cotação ficou em R$ 44,00 a saca. Em grande parte das praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas os valores também continuaram inalterados.

Os analistas ponderam que a oferta continua ajustada e a demanda aquecida, o que ainda tem gerado disputa do grão em algumas regiões e, consequentemente dado suporte aos preços. Isso porque, a colheita da safra de verão ainda não ganhou ritmo na região Centro-Sul do Brasil devido às chuvas constantes. Os principais estados produtores de milho na safra de verão, como Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, ainda registram precipitações.

Por outro lado, as exportações ainda não desaceleraram e somam no acumulado do mês, 4.424,0 milhões de toneladas, conforme dados oficiais divulgados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior). A média diária ficou em 340,3 mil toneladas do grão. Em comparação com o mês anterior, a quantidade exportada diariamente representa uma alta de 52,7%, já que em janeiro/16 o número ficou em 222,9 mil toneladas diárias.

"Os números dos embarques continuam fortes. E achávamos que em fevereiro iria acalmar, mas ainda saiu muito milho", disse o analista de mercado da FocoMT Agentes Autônomos, Marcos Hildenbrandt.

Ainda hoje, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) informou que irá realizar mais dois leilões de vendas dos estoques públicos de milho na próxima quarta-feira (2). Ao todo serão ofertadas 150 mil toneladas do grão. A primeira operação irá leiloar 66.420,055 mil toneladas e a segunda irá ofertar 83.579,945 mil toneladas de milho. Essa é a quarta operação realizada pela entidade.

Já o dólar encerrou o pregão cotado a R$ 3,9568 na venda, com queda de 0,15%. Ná máxima do dia, a moeda chegou a R$ 4,0090. E, segundo dados da agência Reuters, a queda é decorrente da recuperação do apetite por risco nos mercados globais diante da alta dos preços do petróleo, apesar da decisão da Moody's de rebaixar o país a grau especulativo.

BM&F Bovespa

As cotações futuras do milho na BM&F Bovespa fecharam o pregão desta quarta-feira (24) em campo positivo. Durante os negócios, as principais posições da commodity ampliaram os ganhos e encerraram o dia com valorizações entre 0,19% e 1,35%. O vencimento março/16 era cotado a R$ 42,69 a saca, enquanto o setembro/16 era negociado a R$ 36,10 a saca.

Ainda na visão do analista, os grandes consumidores do cereal voltaram a comprar posições na bolsa brasileira, o que acabou dando suporte aos preços. "Além disso, tradings em algumas regiões entraram mais forte nos contratos a termo, o que também contribuiu para a formação do cenário", destaca.

Bolsa de Chicago

Enquanto isso, na Bolsa de Chicago, as cotações futuras do milho encerraram a sessão desta quarta-feira (24) em queda e consolidaram o 2º dia consecutivo de desvalorização. As principais posições do cereal exibiram perdas entre 2,00 e 2,25 pontos no final do pregão. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,59 por bushel e o maio/16 a US$ 3,64 por bushel.

Segundo informações do site Agricultre.com, os investidores já se preparam para o Outlook Forum, que será realizado entre amanhã e sexta-feira, e irá trazer as primeiras estimativas para a safra 2016/17 nos Estados Unidos. Por enquanto, as apostas dos investidores é que haja um incremento na área cultivada com o cereal de 1,80% nesta temporada. Com isso, a área plantada deve passar de 35,61 milhões de hectares, da safra anterior, para 36,26 milhões de hectares.

E, nem mesmo o anúncio da venda de 110 mil toneladas de milho para a Colômbia foi o suficiente para impulsionar as cotações. A quantidade negociada deverá ser entregue na temporada 2015/16. Essa é a segunda venda divulgada pelo órgão essa semana para o país. Na última segunda-feira (22), foram comercializadas 100 mil toneladas do cereal.

No caso da América do Sul, os investidores ainda continuam observando o comportamento climático. Na Argentina, depois dos dados sobre inundações em algumas áreas, o site internacional Farm Futures, ressaltou que em algumas localidades já está faltando precipitações. Ainda assim, a projeção é de uma safra ao redor de 25 milhões de toneladas de milho.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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