Milho: Mercado caminha de lado na Bolsa de Chicago e se posiciona antes do novo relatório do USDA

Publicado em 09/03/2016 09:29

À espera dos novos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chegam nesta quarta-feira (9), o mercado do milho na Bolsa de Chicago opera com estabilidade, porém, do lado negativo da tabela. Os principais contratos recuavam, por volta das 9h (horário de Brasília), entre 0,75 e 1 ponto. Assim, o vencimento dezembro/16, que é referência para a safra dos EUA, tinha US$ 3,79 por bushel. 

As principais especulação diante da chegada do novo boletim mensal de oferta e demanda do departamento norte-americano se dá sobre os números dos estoques finais. As expectativas são de que, tanto os dos EUA quanto os do mundo, sejam revisados para cima. 

As projeções do mercado para os estoques finais de milho dos EUA, segundo um levantamento feito pelo portal internacional DTN The Progressive Farmer, variam entre 45,9 milhões e 49,2 milhões de toneladas, com média de 47,25 milhões. O boletim anterior trouxe o número de 46,66 milhões de toneladas. 

Já os estoques finais globais podem ficar entre 207,2 milhões e 210,4 milhões de toneladas, o que traz uma média de 209,2 milhões. Assim, o esperado também é maior do que as 208,8 milhões de toneladas reportadas no boletim anterior. 

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Milho: Preços no Brasil têm suporte no mercado disponível com baixa oferta e demanda forte

Nesta terça-feira (9), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam a sessão com leves altas. Os principais contratos terminaram o dia com pequenos ganhos de pouco mais de 1 ponto, depois de iniciarem o dia operando em campo negativo. 

As cotações dos grãos no mercado futuro nortea-americano seguem atuando com estabilidade, a qual se intensificou nesta sessão, com os traders buscando um bom posicionamento antes do novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta quarta-feira, 9 de março. 

"Houve uma pequena coberta de posições com compras por parte dos fundos neste final da sessão do mercado de grãos antes do relatório desta quarta. Além dissso, o dólar internacional mais fraco também contribui para o mercado no curto prazo. Porém, esse boletim terá que trazer uma redução significativa nos estoques finais de grãos para que os preços dêem continuidade a esse rally", explica Jason Roose, analista da U.S. Commodities. 

As expectativas do mercado para os estoques finais de milho dos EUA, segundo um levantamento feito pelo portal internacional DTN The Progressive Farmer, variam entre 45,9 milhões e 49,2 milhões de toneladas, com média de 47,25 milhões. O boletim anterior trouxe o número de 46,66 milhões de toneladas. 

Já os estoques finais globais podem ficar entre 207,2 milhões e 210,4 milhões de toneladas, o que traz uma média de 209,2 milhões. Assim, o esperado também é maior do que as 208,8 milhões de toneladas reportadas no boletim anterior. 

Mercado nacional e safra do Brasil

No Brasil, os preços do cereal vêm refletindo não só o andamento do dólar - que nesta terça-feira voltou a recuar, após ensaiar alguma recuperação - e também a nova safra do Brasil. E para o novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA também há projeções para os novos números do departamento. 

A pesquisa da DTN mostra que o esperado para o total entre as duas safras brasileiras pode ficar entre  82,5 milhões e 85,5 milhões de toneladas. A média, nesse caso, de 84,4 milhões, também é ligeiramente maior do que as 84 milhões do reporte do mês passado. 

Ainda assim, o mercado nacional conta com preços ainda firmes e bem sustentados para o produto disponível. A demanda, principalmente interna, segue muito aquecida e, neste momento, é um dos principais fatores de suporte para as cotações. 

"Temos alguns compromissos feitos anteriormente, a safra brasileira (considerando só a de verão) é uma das menores dos últimos anos, uma retração vendedora do produtor, e uma demanda muito aguçada por parte das indústrias, que pouco abastecidas. Há uma combinação geral de fatores que resulta nesta baixa disponibilidade", explica Camilo Motter, analista de mercado e economista da Granoeste Corretora de Cereais. 

Além disso, como explicaram os pesquisadores do Cepea, "as chuvas no Sul e Sudeste do País no início de março prejudicam a colheita do milho e demais trabalhos de campo nessas regiões", e o cenário limita ainda mais a oferta.

Por outro lado, Motter afirma ainda que os preços para o milho safrinha já sofrem a pressão que vem, principalmente, do dólar, com os valores do cereal cedendo, nos últimos dias, de R$ 1,00 a R$ 1,50 nos principais portos de exportação do país.

Assim, no porto de Paranaguá, o produto com entrega prevista para setembro/16 fechou o dia com R$ 35,00 por saca e baixa de 2,78%. 

O dólar, por sua vez, fechou a sessão com queda de 1,44%, nesta terça-feira, cotado a R$ 3,7389 e bateu em seu menor patamar desde o dia 9 de dezembro, segundo informou a Reuters. De acordo com especialistas ouvidos pela agência, o recuo se deu por conta de "expectativas com a cena política brasileira e pela atuação mais contundente do Banco Central".

BM&F

Na BM&F, os futuros do milho parecem ter se descolado da baixa do dólar e fecharam, nesta terça-feira, mais uma vez em campo positivo, com altas que superaram 1%. O vencimento maio/16 encerrou o dia com R$ 43,54 por saca, subindo 1,44%, e o setembro/16 com R$ 36,24 - já refletindo a pressão da safrinha - com ganho de 1,26%. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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