Milho inicia pregão desta 3ª feira perto da estabilidade em Chicago à espera dos boletins do USDA

Publicado em 11/10/2016 08:09

Depois dos ganhos recentes, as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta terça-feira (11) com leves quedas, próximas da estabilidade. Perto das 7h45 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam quedas entre 0,50 e 0,75 pontos. O contrato dezembro/16 era cotado a US$ 3,42 por bushel, enquanto o março/17 trabalhava a US$ 3,52 por bushel.

Os investidores se preparam para os boletins de embarques semanais e acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que serão reportados nesta terça-feira. Em virtude do feriado do Columbus Day, comemorado nesta segunda-feira no país, os relatórios serão reportados hoje.

Nesse sentido, o comportamento climático no Meio-Oeste permanece no radar dos participantes do mercado. "Os meteorologistas estão esperando mais uma vez um clima mais úmido no Meio-Oeste dos EUA nesta semana", disse Tobin Gorey do Commonwealth Bank of Australia, em entrevista ao Agrimoney.com. A perspectiva é que as chuvas mantenham os trabalhos nos campos americanos mais lentos. Até a semana anterior, cerca de 24% da área já havia sido colhida.

Paralelamente, o USDA traz nesta quarta-feira (12) outro importante relatório, o de oferta e demanda mensal. E, por enquanto, a perspectiva é que o departamento revise para baixo a projeção para a safra de milho nos EUA.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

À espera dos números do USDA, milho encerra pregão desta 2ª feira com ligeiras altas em Chicago

O pregão desta segunda-feira (10) foi positivo aos preços futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity ampliaram os ganhos e encerraram o dia com altas entre 3,50 e 3,75 pontos, uma valorização de pouco mais de 1%. O contrato dezembro/16 era cotado a US$ 3,43 por bushel e o março/17 a US$ 3,53 por bushel. O maio/17 finalizou a sessão a US$ 3,60 por bushel.

As agências internacionais destacam que, os participantes do mercado ainda aguardam os boletins de embarques semanais e de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Em virtude do feriado de Columbus Day, os órgãos públicos nos EUA não trabalharam, consequentemente os reportes serão divulgados nesta terça-feira (11).

Além disso, na quarta-feira (12), o órgão divulga outro importante relatório, o de oferta e demanda mensal. E há muitas especulações sobre os números da safra americana de milho da temporada 2016/17. Os investidores esperam que o departamento revise novamente para baixo a previsão de produção para esse ciclo. Em setembro, o número ficou em 383,38 milhões de toneladas do cereal.

"Muitas áreas estão relatando os rendimentos das lavouras do cereal impressionantes, mas também existem várias áreas ainda de produtividade menor do que o esperado e questões de doenças", disse Group AG consultivo Solutions Water Street, ao Agrimoney.com.

A colheita americana também continua em foco. Até a semana anterior pouco mais de 24% da plantada havia sido colhida, conforme dados oficiais. No período de 16 a 20 de outubro, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - indica chuvas acima da média em grande parte do Meio-Oeste. As temperaturas também deverão ficar acima da normalidade no mesmo período.

Mercado brasileiro

As principais posições do milho negociadas na BM&F Bovespa fecharam a segunda-feira (10) perto da estabilidade. Apenas o novembro/16 registrou ligeira alta, de 0,65%, cotado a R$ 43,08 a saca. As demais posições apresentaram leves quedas, entre 0,09% e 0,45%. O janeiro/17 era negociado a R$ 43,10 a saca e o março/17 fechou o dia a R$ 40,40 a saca.

Enquanto isso, no mercado interno, o dia foi de ligeira oscilação, conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas. Em Campo Grande (MS), o ganho foi de 3,13%, com a saca do milho a R$ 33,00. Em São Gabriel do Oeste (MS), a cotação caiu 3,03%, com a saca a R$ 32,00. Em Mato Grosso, nas praças de Tangará da Serra e em Campo Novo do Parecis, o recuo foi de 1,82% e a saca voltou ao patamar de R$ 27,00. Em Paranaguá, o dia foi de estabilidade, com a saca do cereal a R$ 33,00.

De acordo com informações do Cepea, as cotações do milho ainda buscam direcionamento e apresentam comportamentos diferentes dependendo da região. "Depois de cair em setembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do milho (Campinas – SP) inicia outubro em recuperação – a alta entre 30 de setembro e 7 de outubro foi de 5%, indo para R$ 43,64/saca de 60 kg na sexta-feira, 7", informou em nota.

Do mesmo modo, o mercado ainda avalia a decisão da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), que liberou o uso de três variedades de milho transgênico dos Estados Unidos para a produção de ração no Brasil. Contudo, ainda há um prazo de 30 dias para a contestação da aprovação da medida.

Caso isso não ocorra, a importação desse milho poderá ser liberada, segundo informações oficiais divulgadas no site do Ministério da Agricultura no final da semana anterior. Ainda hoje, a agência Reuters reportou que a BRF já está considerando a importação do cereal americano.

A safra de verão no Brasil também continua no radar dos participantes do mercado. Isso porque, apesar da projeção de aumento na área ao redor de 10% e da perspectiva de uma safra próxima de 30 milhões de toneladas, as chuvas irregulares em algumas regiões já preocupam os produtores rurais.

Dólar

A moeda norte-americana fechou o dia a R$ 3,2025 na venda, com recuo de 0,44%. O dólar acompanhou a movimentação de outras moedas emergentes no cenário externo, em dia de feriado nos EUA e diante das expectativas pela votação da PEC do teto dos gatos, conforme reportou a agência Reuters.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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