IAC apresenta avaliação de cultivares de milho safrinha no Estado em 2016

Publicado em 20/10/2016 15:35
Na 25ª Reunião Técnica sobre a Cultura foi apresentado também o histórico do custo de produção, que aumentou cerca de 10% ao ano, desde 2011.

Os resultados da avaliação de cultivares de milho safrinha no Estado de São Paulo, realizada em 2016, indicam que existem materiais adaptados aos estresses que ocorrem frequentemente nesta modalidade de cultivo, com destaque para a deficiência hídrica no solo, baixas temperaturas e incidência de doenças foliares. O Instituto Agronômico (IAC) disponibiliza híbridos convencionais de milho aos agricultores, como o IAC 8046, que se destacou na avaliação entre as cultivares indicadas para lavouras de média tecnologia, tanto pelo potencial produtivo, que varia de cinco a sete toneladas, por hectare, como pela resistência às doenças foliares.

“Quando necessário, deve ser feita apenas uma aplicação de fungicida foliar no IAC 8046, enquanto parte das cultivares requer, obrigatoriamente, uma a duas aplicações”, afirma Aildson Pereira Duarte, pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

A avaliação foi realizada pelo Instituto Agronômico, em conjunto com o Instituto Biológico (IB) e a Apta Regional, todos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Segundo Duarte, o desenvolvimento de cultivares de milho adaptados aos estresses ambientais é um dos principais fatores que está proporcionando o aumento contínuo da produtividade do milho safrinha no Brasil e, assim, evitando reduções drásticas da produção nos anos com adversidades climáticas, como as ocorridas em 2016.

O uso do controle químico para o manejo das doenças foliares é rotina na cultura do milho safrinha. Mas os trabalhos desenvolvidos mostraram que o emprego de cultivares com resistência genética aos patógenos deve ser usado em conjunto com os fungicidas para o controle efetivo das doenças. “Para tanto, o agricultor não deve plantar híbridos suscetíveis às doenças de ocorrência regional, tomando como base os resultados disponíveis no sitewww.zeamays.com.br”, orienta o pesquisador.

Esses resultados foram apresentados durante a 25ª Reunião Técnica sobre a Cultura do Milho Safrinha, realizada pelo IAC, em Assis, interior paulista, no último dia 11 de outubro. O evento é o principal fórum estadual de discussão da cultura, que ocupou 443 mil hectares no Estado de São Paulo em 2016. “A safra verão ocupou 384 mil hectares na safra 2015/16”, diz.

Durante a Reunião, foi exposto também o histórico do custo de produção do milho safrinha na área de abrangência da Cooperativa de Pedrinhas, na região paulista do Médio Paranapanema. O desembolso do agricultor para cultivar um hectare de milho aumentou cerca de 10% a cada ano, desde 2011, chegando próximo de R$ 2.000,00 e R$ 2.600,00, na média e alta tecnologia, respectivamente, sem considerar o custo de terra, do capital e da gestão da propriedade.

Outro tema debatido foram as perspectivas da época de semeadura do milho safrinha em 2017, que depende do momento da implantação da soja, nos meses de outubro e novembro. Na safra 2015/16, houve a maior antecipação da semeadura e colheita da soja, em 25 anos de avaliações feitas pelo IAC. “Consequentemente, foi também a maior antecipação da implantação do milho safrinha”, explica. Duarte afirma que a situação da safra 2016/17 ainda está indefinida e depende fundamentalmente da regularização das chuvas até o final de outubro.

Há 25 anos, o IAC, em parceria com o Polo Regional de Assis da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), o Instituto Biológico e o Instituto de Economia Agrícola, vem pesquisando e difundindo resultados sobre épocas de semeadura, adubação, manejo de doenças e pragas, qualidade dos grãos e outros fatores na cultura do milho.

O pesquisador afirma que a região do Alto Paranapanema do Estado de São Paulo, tradicional produtora de milho verão, está substituindo este cultivo pela soja e deslocando o milho para a safrinha, depois da colheita da leguminosa. “Essa mudança tem proporcionado boa lucratividade e ocorre devido ao recente aperfeiçoamento do seu sistema de produção, que permitiu antecipar sua colheita e, consequentemente, a semeadura do milho safrinha”, explica Duarte. Essas tecnologias têm permitido ao agricultor a possibilidade de plantar duas culturas lucrativas, por ano, na mesma área.

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, ressalta que o setor de milho é um importante gerador de renda no território paulista. “Isso mostra o potencial da cultura para o agronegócio paulista e destaca a necessidade de promover debates e transferir tecnologias, como nos orienta o governador Geraldo Alckmin”.

As atuais pesquisas do IAC na área avaliam cultivares comerciais, em que os principais materiais genéticos plantados pelos agricultores são comparados com os novos lançamentos, considerando-se as características agronômicas e a resistências a pragas e doenças. Outras pesquisas estão relacionadas ao manejo da adubação do milho safrinha e da soja em sistemas de produção e a técnica da rotação de culturas.

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Fonte:
IAC

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