Com as disputas comerciais dos EUA em cena, o milho em Chicago fecha a 6ª em alta, mas negativo na semana

Ao fechamento desta sexta (8) na Bolsa de Chicago (CBOT), o milho esfriou um pouco do esforço de alta maior que foi visto horas antes, depois de abrir o dia em leve queda. As margens perdidas deixaram a commodity próxima da estabilidade, mas ainda pesando as incertezas do comércio dos Estados Unidos nas disputas comerciais.
As variações positivas ficaram no intervalo de 1,5 a 1,25 ponto, com o julho a US$ 3,77, o setembro a US$ 3,86 e o dezembro a US$ 3,98.
Como reforçou Ted Seifried, analista da Zaner Ag Hedge, à Reuters, “temos boas condições e uma previsão relativamente não ameaçadora, por isso retiramos muito do prêmio climático. Isso foi agravado pela incerteza sobre o comércio”.
As chuvas previstas ajudaram a retirada da precificação climática, apesar do risco de precipitações fortes em áreas do Cinturão do Milho, além do que os índices de condição da safra, do USDA, estão entre positivos para o milho.
E o USDA traz novo relatório na terça (12), com um panorama mundial, o que deixa o mercado de sobreaviso.
A alta desta última sessão da semana não tirou do negativo o acumulado na CBOT desde o dia 1º de junho, em todos os vencimentos – mas todos relativamente dentro da margem de estabilidade, como pode ser observado no gráfico abaixo preparado pelo economista André Lopes, do Notícias Agrícolas.
BM&F Bovespa
Na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho encerraram o pregão desta sexta-feira (8) em campo negativo. As principais posições da commodity recuaram entre 0,59% e 1,76%. O vencimento julho/18 era cotado a R$ 42,00 a saca e o setembro/18 fechou o dia a R$ 39,87 a saca.
As cotações acompanharam a queda registrada no dólar, que mesmo após a atuação do Banco central, caiu 5% nesta sexta-feira e fechou o pregão a R$ 3,7065 na venda. A queda é a maior desde 13 de outubro de 2008, quando o câmbio recuou 7,74%.
"A atuação mais firme do Banco Central no mercado de câmbio e o lembrete do presidente da autoridade, Ilan Goldfajn, de que há outros instrumentos que pode usar para ampliar a liquidez surtiu efeito e o dólar despencou mais de 5,5 por cento nesta sexta-feira, voltando ao patamar de 3,70 reais, maior tombo em quase dez anos", informou a Reuters.
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