Milho: Mercado foca clima no Meio-Oeste e encerra pregão desta 4ª feira com ligeiras valorizações em Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), as principais posições do milho encerraram o pregão desta quarta-feira (8) com leves altas, próximas da estabilidade. Os vencimentos do cereal subiram 0,50 pontos, com o setembro/18 cotado a US$ 3,71 por bushel e o dezembro/18 a US$ 3,85 por bushel.
Segundo informações da Reuters internacional, os leves ganhos foram sustentados pelas preocupações com o clima no Meio-Oeste americano. Ainda no início da semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu para 71% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições no país.
Depois das chuvas previstas essa semana, um padrão mais quente e seco é esperado em partes do cinturão de produção, incluindo os principais produtores de Iowa e Illinois, conforme destacam os meteorologistas.
"As temperaturas deverão ficar acima do normal na previsão e, com as condições das safras decrescendo, há algumas áreas que estão se tornando uma preocupação", disse Ted Seifried, estrategista-chefe de mercado agrícola da corretora Zaner Group, em Chicago em entrevista à Reuters.
Em contrapartida, os participantes do mercado já se preparam para o próximo relatório de oferta e demanda do USDA. O boletim será divulgado na próxima sexta-feira (10).
"O relatório é o primeiro da temporada a incluir levantamentos de campo das safras norte-americanas, deverá mostrar maiores produções de milho e soja", informou a Reuters.
Mercado brasileiro
A quarta-feira foi de leves altas aos preços do milho praticados no mercado doméstico, de acordo com levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas. Em Campo Grande (MS), a alta foi de 3,45%, com a saca do milho a R$ 30,00. Em Rondonópolis (MT), o ganho ficou em 1,72% e a saca a R$ 29,50.
No Oeste da Bahia, a saca do milho fechou o dia a R$ 31,50, com valorização de 1,61%. Já em Palma Sola (SC), o ganho ficou em 1,45%, com a saca do cereal a R$ 35,00.
Em Mato Grosso, as praças de Primavera do Leste, Alto Garças e Itiquira, subiram 1,13% e finalizaram o dia com a saca de milho a R$ 26,80. No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em setembro/18, fechou o dia estável em R$ 40,50.
Os analistas ainda reforçam que os negócios permanecem lentos no mercado doméstico. De um lado, os vendedores ainda postergam a comercialização do cereal e, de outro, os compradores adquirem apenas pequenos lotes para o abastecimento de curto prazo.
Além disso, o impasse do tabelamento do fretes continua a travar as negociações no mercado doméstico. Em Mineiros (GO), a colheita da safrinha já está completa em 80% da área semeada nesta temporada e os negócios ocorrem somente de forma pontual.
"Estamos tentando negociar os valores dos fretes para retirar o milho dos armazéns da região, que já estão com sua capacidade máxima. Inclusive, podemos ter milho a céu aberto na nossa região por conta desse cenário. E os preços deveriam estar próximos de R$ 33,00 a R$ 35,00 a saca para pagar todos os custos das lavouras", explica o presidente do Sindicato Rural do município, Ionaldo Morais Vilela.
Atualmente, a saca do cereal é cotada entre R$ 27,00 a R$ 28,00 na região.
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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