Milho recua quase 2% e consolida 4ª queda seguida na CBOT com boa perspectiva para a safra americana

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho consolidaram a quarta queda consecutiva no pregão desta quarta-feira (22). As principais posições da commodity ampliaram as perdas durante o dia e finalizaram o pregão com recuo de mais de 7 pontos, uma desvalorização superior a 2% nos primeiros contratos.
O setembro/18 fechou o dia a US$ 3,52 por bushel, enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,66 por bushel. O março/19 trabalhava a US$ 3,79 por bushel e o maio/19 era negociado a US$ 3,86 por bushel.
"Os futuros do milho caíram cerca de 2% nesta quarta-feira, já que os rendimentos quase recordes ainda são altamente possíveis nesta safra, com a colheita cada vez mais próxima nos Estados Unidos", reportou o site internacional Farm Futures.
Ainda nesta terça-feira, os números do crop tour Pro Farmer indicaram produtividades entre 147,12 sacas de milho e 214,85 sacas por hectare em Nebraska. A expedição ainda irá percorrer outros estados no cinturão de produção norte-americano. Nesta quarta-feira, foram divulgados números de Ohio, com boas perspectivas para as lavouras de milho.
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Além disso, o comportamento do clima no Meio-Oeste dos EUA também segue no radar dos participantes do mercado. Entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - aponta que as temperaturas deverão ficar acima da média.
No mesmo intervalo, o estado de Nebraska deverá ter chuvas abaixo e dentro da normalidade. Já em Iowa e Illinois, os mapas indicam chuvas acima da normalidade para o período.
Mercado interno
Enquanto isso, no mercado doméstico a quarta-feira foi um dia de ligeiras movimentações aos preços do milho. De acordo com levantamento do Notícias Agrícolas, em Jataí e Rio Verde, ambas praças de Goiás, a alta ficou em 3,33%, com a saca do cereal a R$ 31,00.
Em Brasília, o ganho foi de 3,23%, com a saca a R$ 32,00. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), a saca finalizou o dia a R$ 31,00, com valorização de 1,64%. Já em Palma Sola (SC), a saca registrou ganho de 1,39% e encerrou a quarta-feira a R$ 36,50.
A postura dos produtores sem segurarem as vendas permanecem como principal fator de sustentação aos preços do milho no mercado doméstico. Em Ponta Porã (MS), por exemplo, alguns contratos futuros foram fechados ao redor de R$ 22,00 a R$ 23,00 a saca para essa temporada.
"Hoje, o cenário é diferente, com a saca do milho entre R$ 28,00 a R$ 30,00. Esse é um aumento que vai ajudar o produtor rural, que deve segurar o produto à espera de uma nova valorização nas cotações", explica o técnico agrícola da localidade, João Pedro Roma.
Esse é um cenário que se repete em muitas regiões do país, o que dá suporte às cotações em plena colheita. Em Mato Grosso, inclusive, a colheita do cereal já caminha para o final e no Paraná, cerca de 76% da área semeada já foi colhida.
Dólar
O moeda norte-americana consolidou a sexta alta seguida no pregão desta quarta-feira. O câmbio subiu 0,46% e terminou o dia a R$ 4,0559 na venda, maior patamar desde 16 de fevereiro de 2016, quando o dólar atingiu o nível de R$ 4,0705.
"O câmbio subiu após recentes pesquisas de intenção de votos para a eleição presidencial mostrarem cenário difícil ao candidato que mais agrada ao mercado, Geraldo Alckmin (PSDB), e a possibilidade de segundo turno com a participação do PT", reportou a Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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