Milho consolida perdas semanais na Bolsa Brasileira

Publicado em 11/06/2021 16:53
Chicago cai nesta 6ªfeira, mas acumula ganhos na semana

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A sexta-feira (11) chega ao final com os preços do milho novamente recuando no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações em nenhuma das praças.

Já as desvalorizações apareceram apenas em Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Campo Novo do Parecis/MT, Brasília/DF, Dourados/MS, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP.

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “de maneira gradativa e ainda incipiente surgem algum volume ofertado de milho no Brasil Central. Isto não tem dado cadência ao fluxo de negócio até o momento, mas merece atenção”.

A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta que, “em Campinas/SP os preços da saca no físico se aproximam dos R$ 95,00 com a melhora da oferta regional”.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, o preço médio do milho caiu, passando de R$ 85,89 para R$ 85,65, redução de 0,28%, de acordo com o último boletim divulgado pela Emater/RS no final da tarde de quinta-feira.

B3

Os preços futuros do milho consolidaram recuos neste último dia da semana na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 0,97% e 1,49% ao final da sexta-feira.

O vencimento julho/21 foi cotado à R$ 92,40 com desvalorização de 1,49%, o setembro/21 valeu R$ 94,98 com baixa de 1,37%, o novembro/21 foi negociado por R$ 96,50 com queda de 0,97% e o janeiro/22 teve valor de R$ 98,20 com perda de 1,22%.

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam baixas de 2,98% para o julho/21, de 2,25% para o setembro/21, de 1,73% para o novembro/21 e de 1,95% para o janeiro/22 na comparação com a última sexta-feira (04). 

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Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 está se acomodando, uma vez que o rimo de colheita deve se acelerar nos próximos dias e que novas chuvas foram contabilizadas em algumas regiões produtoras.

“Temos lavouras diversas. A Conab reduziu 10 milhões de toneladas para a safra e o mercado também aponta para isso, mas também fica desconfiado porque algumas lavouras que estão sendo colhidas vêm com números maiores do que estava projetado, com as grandes perdas aparecendo em julho e muita dúvida na safra”, explica Brandalizze.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) finalizou a sexta-feira acumulando perdas para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 6,00 e 14,50 pontos ao fim do último dia da semana.

O vencimento julho/21 foi cotado à US$ 6,84 com desvalorização de 14,50 pontos, o setembro/21 valeu US$ 6,29 com baixa de 8,50 pontos, o dezembro/21 foi negociado por US$ 6,09 com queda de 6,75 pontos e o março/22 teve valor de US$ 6,16 com perda de 6,00 pontos.

Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 2,15% para o julho/21, de 1,41% para o setembro/21, de 1,14% para o dezembro/21 e de 0,96% para o março/22. 

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam ganhos de 0,29% para o julho/21, de 3,80% para o setembro/21, de 3,05% para o dezembro/21 e de 3,01% para o março/22, na comparação com a última sexta-feira (04).

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Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho nos Estados Unidos diminuíram devido a preocupações sobre a demanda por matérias-primas de combustível renovável, após notícias de que a Casa Branca estava considerando oferecer aos refinadores de combustível um alívio dos mandatos de mistura de biocombustíveis.

O relatório da Reuters de que a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos estava ponderando maneiras de fornecer alívio às refinarias de petróleo acelerou a pressão de realização de lucros no final da semana, uma vez que os meteorologistas mostraram algumas chuvas que aumentaram as safras em partes do Meio-Oeste e Planícies do Norte dos Estados Unidos.

"As notícias do biocombustível assustaram o mercado, você tem algumas chuvas nas Dakotas e o óleo de palma caiu 4% a 5% durante a noite. Isso tudo está pesando sobre ele", disse Craig Turner, corretor agrícola sênior da Daniels Negociação.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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