Preço do milho cai nesta 6ªfeira e encerra semana de recuos na B3
Os preços futuros do milho começaram a semana caindo, se recuperaram na quinta-feira, mas voltaram a recuar nesta sexta-feira (06) para encerrar a semana de desvalorizações na Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento setembro/21 foi cotado à R$ 97,65 com queda de 0,15%, o novembro/21 valeu R$ 98,27 com perda de 0,21%, o janeiro/22 foi negociado por R$ 99,75 com baixa de 0,19% e o março/22 teve valor de R$ 99,01 com desvalorização de 0,38%.
Na comparação semanal, esses índices representaram quedas de 1,76% para o setembro/21, de 1,43% para o novembro/21, de 1,04% para o janeiro/22 e de 1,78% para o março/22, com relação ao fechamento da última sexta-feira (30).
Para o analista de mercado da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, a semana começou em baixa com o avanço da colheita da safrinha pesando sobre os preços, mas as quebras de produção após as geadas e a baixa disponibilidade do cereal voltaram a impulsionar as cotações.
Esse cenário de baixa oferta deve persistir até a chegada da segunda safra de 2022, mesmo que o plantio cresça na safra de verão 2021/22 e manter o bom momento de preços para os produtores brasileiros.
Mercado Interno
Os preços do milho no mercado interno brasileiro tiveram mais um dia de estabilidade nesta sexta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em Cascavel/PR e percebeu desvalorizações somente em Itapetininga/SP e Campinas/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “a semana foi de arrefecimento das cotações no mercado físico do milho no Brasil Central. A colheita segue em bom ritmo no Brasil e na Argentina, mas a negociação é pontual. O comprador esteve menos ativo nas negociações durante os últimos dias nas praças paulistas”.
A análise da Agrifatto Consultoria também acrescenta que o mercado físico do milho continua sem grandes novidades. “Os agentes seguem monitorando o mercado e avaliando os efeitos das importações e avanço da colheita nas regiões mais atrasadas, com isso o preço da saca em Campinas/SP estabiliza nos R$ 101,00/sc”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também tiveram uma semana com grandes oscilações de altos e baixos, mas encerrou a sexta-feira operando próximos da estabilidade na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento setembro/21 foi cotado à US$ 5,55 com perda de 0,75 pontos, o dezembro/21 valeu US$ 5,56 com elevação de 3,50 pontos, o março/22 foi negociado por US$ 5,64 com ganho de 3,75 pontos e o maio/22 teve valor de US$ 5,69 com alta de 3,75 pontos.
Esses índices representaram, com relação ao fechamento da última quinta-feira (05), elevações de 0,54% para o dezembro/21, de 0,53% para o março/22 e de 0,71% para o maio/22, além de estabilidade para o setembro/21.
Na comparação semanal, esses índices representaram valorizações de 1,46% para o setembro/21, de 2,02% para o dezembro/21, de 1,99% para o março/22 e de 1,97% para o maio/22, com relação ao fechamento da última sexta-feira (30).
Segundo informações da Agência Reuters, o milho pouco mudou no comercio deste último dia da semana em Chicago, uma vez que a atenção dos mercados de grãos estava mudando para as perspectivas de oferta e demanda mensais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos que serão divulgadas na próxima semana.
Além disso, a publicação destaca que o milho foi negociado perto do equilíbrio, sustentado pelas perspectivas cada vez menores para a segunda safra de milho no Brasil.
“Não acho que veremos tanta pressão no milho, por causa dos problemas na América do Sul. Qualquer queda maior no milho vai encontrar usuários finais globais vindo para comprar”, diz Ted Seifried, vice-presidente do Zaner Group.
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