Milho: B3 sobe nesta 6ªfeira e acumula pequenos ganhos na semana

Publicado em 19/11/2021 17:07
Chicago fecha a semana com futuros recuando

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A sexta-feira (19) chega ao final com os preços futuros do milho sustentando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3), e acumulando pequenas altas semanais.

O vencimento janeiro/21 foi cotado à R$ 86,30 com elevação de 1,41%, o março/22 valeu R$ 86,30 com valorização de 1,53%, o maio/22 foi negociado por R$ 83,90 com alta de 0,96% e o julho/22 teve valor de R$ 81,72 com ganho de 0,21%.

Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam ganhos de 0,47% para o janeiro/22, de 0,06% para o março/22, de 1,55% para o maio/22 e de 0,89% para o julho/22, além de queda de 0,43% para o novembro/21 que deixou de ser comercializado na terça-feira (16).

variação semanal milho B3

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as altas da B3 hoje foram mínimas e permaneceram muito perto da estabilidade. Ele destaca que a semana chega ao fim com muito milho parado nas regiões produtoras e nos armazéns.

“Tem muita gente querendo vender o milho, mas com cotações maiores do que as que o mercado pode pagar. Por outro lado, os grandes do setor de ração estão praticamente parados e sem querer comprar mais neste ano, jogando negociações para o ano que vem”, diz.

Neste cenário, Brandalizze aponta que a saída continua sendo a exportação, com o mercado de porto pagando um pouco a mais do que no dia anterior, entre R$ 86,00 e R$ 88,00 e com chances de R$ 90,00 para o milho de fevereiro de 2022 na exportação.

“A exportação vai continuar sendo a formação de cotações no primeiro semestre do ano que vem. Quando o dólar e Chicago estiverem em alta vai acabar dando uma melhorada nos portos”, afirma.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou muita oscilação neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações em Dourados/MS, Amambai/MS, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Ponta Grossa/PR, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, São Gabriel do Oeste/MS e Cândido Mota/SP.

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira

A consultoria SAFRAS & Mercado relata que o mercado brasileiro de milho seguiu com ritmo tranquilo na comercialização nesta semana. “A semana mais curta de negócios, com o feriado na segunda-feira, manteve um cenário em que predominaram preços fracos, de estáveis a mais baixos. Mas, algumas praças tiveram melhora nas bases. As variações de ofertas locais determinaram esse cenário”.

De acordo com o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, a oferta na maior parte das regiões seguiu pressionando os preços internos. “Não há força na compra e segue ainda alguma pressão na venda”, comenta.

Mercado Externo

Já Bolsa de Chicago (CBOT) finalizou a semana recuando para os preços internacionais do milho futuro e acumulando desvalorizações com relação à última sexta-feira (12).

O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,70 com queda de 2,25 pontos, o março/22 valeu US$ 5,77 com perda de 2,25 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,81 com desvalorização de 2,50 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,82 com baixa de 2,25 pontos.

Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (18), de 0,52% para o dezembro/21, de 0,35% para o março/22, de 0,34% para o maio/22 e de 0,34% para o julho/22.

Na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam perdas de 1,21% para o dezembro/21, de 1,37% para o março/22, de 1,19% para o maio/22 e de 1,02% para o julho/22.

variação semanal milho CBOT

Segundo informações do site internacional Blog Price Group, o milho fechou em baixa na faixa de negociação, já que o suprimento do cereal está relativamente apertado neste momento em que os agricultores estão mais preocupados em colher sua safra do que em buscar vendas.

“A demanda será um recurso crescente no comércio daqui para frente, à medida que a colheita se aproxima do fim em algum momento deste mês. Os relatórios de rendimento têm sido mistos, mas geralmente fortes. A maioria dos elevadores ao longo do Mississippi está exportando novamente, o que é uma boa notícia para a demanda local”, aponta o analista de mercado do Price Group, Jack Scoville. 

Por outro lado, a Agência Reuters ressalta que, apesar dessas quedas, as cotações foram sustentadas pela força do mercado à vista, já que os negociantes de grãos tentaram atrair os fazendeiros americanos para contabilizar as vendas em vez de colocar as safras recém-colhidas em armazenamento.

“Você fez o agricultor americano agarrar-se a uma grande quantidade de grãos. Eles acham que os preços vão subir durante a colheita e na primavera”, disse Mark Gold, sócio-gerente da Top Third Ag Marketing.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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