Milho: B3 fecha a 2ªfeira com leves altas seguindo Chicago

Publicado em 22/11/2021 16:44
CBOT registra elevações puxadas pelo trigo

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Os movimentos altistas dos preços futuros do milho permaneceram presentas na Bolsa Brasileira (B3) por toda esta segunda-feira (22).

O vencimento janeiro/22 foi cotado à R$ 87,40 com alta de 1,27%, o março/22 valeu R$ 87,38 com elevação de 1,25%, o maio/22 foi negociado por R$ 84,80 com ganho de 1,07% e o julho/22 teve valor de R$ 83,10 com valorização de 1,69%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, com a chegada do final do ano as grandes indústrias do setor de ração não compram mais milho porque elas param neste período para manutenção, limpeza e férias coletivas na segunda quinzena de dezembro. 

“O ritmo de negócios do milho brasileiro é muito lento. A B3 teve leve alta, mas uma alta só para seguir um pouco a lógica de Chicago, que segue a pressão do trigo em alta, praticamente só uma correção de posições”, pontua Brandalizze.

Nas três primeiras semanas de novembro o Brasil exportou 1.628.816,5 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).  

Isso registra um aumento de 552.559,9 toneladas do registrado até a semana anterior (1.076.256,6). O volume acumulado nestes 12 primeiros dias úteis do mês representa apenas 34,41% das 4.732.624,1 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de novembro de 2020. 

No mesmo período, o país importou um acumulado de 397.464,3 toneladas de milho. Isso significa que, ao longo dos 12 primeiros dias úteis do mês, o país já recebeu 89,8% a mais do que todo o registrado em novembro de 2020 (209.348,3 toneladas).

No mercado físico brasileiro, o preço do milho oscilou bastante ao longo deste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Ponta Grossa/PR, Palma Sola/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO e Amambai/MS.

Já as valorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP.

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira

De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “com pouca força da demanda doméstica o mercado segue se orientando pela exportação ao mesmo tempo que a quantidade de milho ofertado recua”.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota diária apontando que “o lento ritmo das exportações de milho na atual temporada e o bom andamento da semeadura da safra verão seguem pressionando as cotações internas do cereal”. 

Segundo colaboradores do Cepea, compradores se mantêm afastados das negociações, na expectativa da continuidade das quedas, enquanto alguns vendedores, com necessidade de liberar espaço nos armazéns, negociam o milho a preços mais baixos. 

Na parcial de novembro (até o dia 19), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas/SP) registra média de R$ 84,53/saca de 60 kg, a menor, em termos reais, desde setembro de 2020 (as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI de out/21). Entre 12 e 19 de novembro, especificamente, Indicador ESALQ/BM&FBovespa recuou ligeiro 0,1%, fechando a R$ 82,84/saca de 60 kg na sexta-feira, 19. 

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) também encerrou o primeiro dia da semana contabilizando movimentações positivas para os preços internacionais do milho futuro.

O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,76 com ganho de 6,00 pontos, o março/22 valeu US$ 5,84 com elevação de 7,25 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,88 com valorização de 7,50 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,89 com alta de 7,00 pontos.

Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (19), de 1,05% para o dezembro/21, de 1,21% para o março/22, de 1,20% para o maio/22 e de 1,20% para o julho/22.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho seguiram a alta do trigo, com suporte adicional de uma colheita em declínio nos Estados Unidos e forte demanda doméstica de fabricantes de etanol.

“A demanda continua igual ou superior à oferta no curto prazo”, disse Don Roose, presidente da US Commodities.

Do lado do trigo, os futuros atingiram seu nível mais alto em quase nove anos na segunda-feira, com chuvas inoportunas na Austrália e a alta nos preços do trigo russo, alimentando preocupações sobre o estreitamento da oferta entre os principais exportadores mundiais.

“O mercado de trigo está liderando o ataque. Foi atingido por um clima muito úmido na Austrália e um pouco seco nas planícies dos EUA, problemas de transporte no sudoeste do Canadá e questões relacionadas a impostos de exportação na Rússia”, disse Roose.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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