Milho salta quase 3% em Chicago e puxa B3 nesta segunda-feira

Publicado em 21/03/2022 16:24
Compras após últimas quedas e falta de avanço no Leste Europeu puxaram as cotações

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A segunda-feira (21) chega ao final com os preços futuros do milho se sustentando em patamares mais altos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram flutuações na faixa entre R$ 96,00 e R$ 101,00.

O vencimento maio/22 foi negociado por R$ 101,30 com ganho de 0,09%, o julho/22 valeu R$ 97,92 com valorização de 0,95%, o setembro/22 foi negociado por R$ 96,95 com elevação de 0,88% e o novembro/22 teve valor de R$ 99,40 com alta de 0,93%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro de milho vai se mantendo em níveis firmes com o balcão pagando de R$ 88,00 à R$ 95,00 no Sul e Sudeste e entre R$ 102,00 e R$ 104,00 no CIF indústria.

“O produtor está colhendo as lavouras da primeira safra, mas a colheita está meio lenta pelas chuvas do final de semana. As cotações estão muito boas tanto no mercado interno quanto nos portos, que querem milho da safrinha para embarques em julho e agosto começando em R$ 95,00 até R$ 103,00 no dezembro no Porto de Paranaguá”, diz Brandalizze.

Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais quedas do que altas neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas em Brasília/DF. Já as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Londrina/PR, Cascavel/PR, Castro/PR, Palma Sola/SC, Dourados/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Amambaí/MS.

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “o mercado físico do milho perdeu tração ao longo da semana, mantendo a saca em Campinas/SP negociada nos níveis de R$104/sc”.

A colheita da safra de verão 2021/22 no Brasil de milho atingia 56,4% da área estimada de 4,385 milhões de hectares até sexta-feira (18), segundo levantamento de SAFRAS & Mercado.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, as cotações do milho no porto de Paranaguá/PR vêm avançando com expressividade neste mês, impulsionadas pela maior demanda internacional e pelos aumentos nos preços externos, que vêm sendo repassados parcialmente ao mercado interno. 

No acumulado da parcial deste mês (entre 25 de fevereiro e 18 de março), o milho negociado em Paranaguá se valorizou fortes 17,4%. Segundo pesquisadores do Cepea, a maior demanda externa se deve ao conflito entre Rússia e Ucrânia, que estão entre os cinco maiores exportadores mundiais do cereal. 

Além disso, o governo argentino sinaliza diminuir o volume exportado, visando preservar a oferta interna. “No entanto, nos primeiros 10 dias de março, as exportações brasileiras de milho estiveram lentas, mas na semana iniciada no dia 14, compradores se mostraram mais ativos no porto de Paranaguá, com negócios sendo realizados a preços acima dos praticados no interior do país”.

Mercado Externo

As movimentações altistas também marcaram a segunda-feira dos preços internacionais do milho futuro, que ficaram mais caros na Bolsa de Chicago (CBOT).

O vencimento maio/22 foi negociado por US$ 7,56 com alta de 14,50 pontos, o julho/22 valeu US$ 7,28 com elevação de 15,75 pontos, o setembro/22 foi negociado por US$ 6,81 com ganho de 17,00 pontos e o dezembro/22 teve valor de US$ 6,64 com valorização de 18,50 pontos.

Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (18), de 2,02% para o maio/22, de 2,25% para o julho/22, de 2,56% para o setembro/22 e de 2,95% para o dezembro/22.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho dos Estados Unidos saltaram nesta segunda-feira, com traders dizendo que as exportações da região do Mar Negro continuarão sendo interrompidas nesta semana devido aos combates na Ucrânia.

Os ganhos no mercado de petróleo bruto que também se resultaram de grandes tensões nos embarques de energia relacionados ao conflito Rússia-Ucrânia foram outro fator de apoio ao mercado, aponta Mark Weinraub da Reuters Chicago.

Por fim, a publicação relata que os traders também observaram a compra por fundos de investimento depois que todas as três commodities registraram perdas na semana passada. As perdas no milho quebraram uma série de cinco ganhos semanais consecutivos.

“O dinheiro saiu das commodities agrícolas algumas vezes na semana passada, quando conversas sobre o progresso das negociações de paz levantaram a perspectiva de uma resolução. Mas Wall Street está mais cética em relação a um acordo de paz hoje, dando-lhe razão para restabelecer o prêmio de risco nos mercados de energia e agro”, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da corretora StoneX, em nota aos clientes.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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