Milho: USDA altista para o cereal puxa cotações em Chicago e dá espaço para altas na B3
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Com um relatório altista vindo do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira (31), os futuros do cereal terminaram o dia em campo positivo na Bolsa de Chicago. As cotações subiram entre 10,75 e 22,75 pontos nos principais vencimentos, com os ganhos mais fortes sendo registrados nos vencimentos mais distantes, uma vez que o reporte indicou uma área menor do que o esperado para a safra 2022/23 nos EUA.
Assim, o contrato maio terminou o dia com US$ 7,48 e o setembro com US$ 6,96 por bushel.
Para o milho, o número de área veio aquém do esperado e a área foi estimada em 36,22 milhões de hectares (89,5 milhões de acres). Os números eram esperados entre 36,3 e 37,84 milhões de hectares, com a média das expectartivas em 37,23 milhões, alinhada com a projeção de 24 de fevereiro.
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"Esperávamos uma redução de 2% de área e veio uma redução de 4%. Fazendo o cálculo de uma redução de área de 2%, que era a previsão inicial, teríamos uma redução de oferta de 10 milhões de toneladas, com mais esses 2% são mais 10 milhões de toneladas a menos", explica o analista de mercado Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora. Com isso, não só a oferta será menor, como já são estimados também estoques mais ajustados, outro fator importante de suporte para as cotações.
Mais do que isso, Rafael lembra também que as incertezas sobre as safras da Rússia e da Ucrânia entram na conta e também continuam sendo variáveis importantes para o mercado do milho neste momento.
"Ainda temos muita coisa indefinida. No relatório de maio do USDA teremos informações mais precisas de volumes, oferta e demanda. Mas o que vemos, por hora, é um relatório altista, apesar dos preços já altos nos EUA", explica o analista. A dúvida que continua bastante presente no mercado é como fica a oferta com as incertezas sobre o Leste Europeu.
MERCADO FUTURO BRASILEIRO
No Brasil, os preços acompanharam os bons ganhos em Chicago e as cotações do milho terminaram o dia com altas de 0,9% a 2,75% na B3 nesta quinta-feira. O maio fechou o dia com R$ 91,39 por saca, enquanto o setembro foi a R$ 89,43.
O mercado retomou parte das baixas que vinha acumulando nos últimos dias por conta da baixa do dólar - que voltou a recuar nesta quinta- para fechar no positivo de olho na perspectiva de uma área menor nos EUA na nova temporada.
1 comentário
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Jean Ferreira Marilândia do sul - PR
O USDA falar e manipular o mercado é uma coisa. Ser a realidade norte americana é outra. USDA não é mais confiável!