Chegada da safrinha volta a influenciar na B3 e milho recua mais de 1% nesta 4ªfeira
A quarta-feira (25) chega ao final sendo marcada por um dia de devolução dos ganhos obtidos no pregão de ontem para os preços do milho futuro na Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento julho/22 foi cotado à R$ 91,31 com queda de 0,97%, o setembro/22 valeu R$ 94,31 com perda de 1,86%, o novembro/22 foi negociado por R$ 96,41 com desvalorização de 1,95% e o janeiro/23 teve valor de R$ 98,50 com baixa de 1,45%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, que a Bolsa Brasileira sentiu reflexo das quedas apresentadas no mercado internacional com a baixa da Bolsa de Chicago. Além disso, o início da colheita da safra no Mato Grosso atua para começar a derreter a B3.
“De agora em diante vai engrenar e vai evoluir a colheita. Hoje os portos brasileiros trabalham na faixa entre R$ 92,00 e R$ 95,00 e não se falam mais em R$ 100,00 no porto”, pontua Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou poucas movimentações nesta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas em Dourados/MS e Porto de Santos/SP, enquanto as desvalorizações apareceram apenas em São Gabriel do Oeste/MS, Oeste da Bahia e Itapetininga/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “a fraca procura de compradores no momento, em virtude da expectativa de que uma safrinha volumosa comece a chegar ao mercado, tem mantido o ritmo das negociações lento. Muitas empresas estão abastecidas e podem aguardar mais algumas semanas para voltar a reforçar estoques com compras maiores”.
A análise diária da Agrifatto Consultoria acrescenta ainda que, “enquanto os compradores aguardam o desenrolar da safrinha em busca de melhores oportunidades, os negócios no mercado físico do milho seguem ocorrendo na casa dos R$ 88,00/sc, em Campinas/SP”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também tiveram uma quarta-feira marcada pelas flutuações em campo negativo na Bolsa de Chicago (CBOT), mas finalizaram o pregão com quedas menos profundas do que as registradas no meio do dia.
O vencimento julho/22 foi cotado à US$ 7,72 com alta de 0,50 pontos, o setembro/22 valeu US$ 7,39 com perda de 1,25 pontos, o dezembro/22 foi negociado por US$ 7,23 com desvalorização de 2,00 pontos e o março/23 teve valor de US$ 7,27 com baixa de 2,00 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última terça-feira (24), de 0,27% para o setembro/22, de 0,28% para o dezembro/22 e de 0,27% para o março/23, além de elevação de 0,13% para o julho/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho dos Estados Unidos caíram nesta quarta-feira com relatos de que a Rússia estava pronta para fornecer corredores humanitários para remessas de alimentos da Ucrânia.
“As commodities baseadas em alimentos estão sob pressão novamente em meio a conversas de que a Rússia pode permitir que grãos saiam dos portos ucranianos mais uma vez”, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX, em nota aos clientes.
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