Milho deixa recuo, fecha a 6ªfeira em alta na B3 e acumula resultados mistos na semana
A sexta-feira (27) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3), mesmo após operarem em queda durante boa parte do dia.
O vencimento julho/22 foi cotado à R$ 90,88 com elevação de 0,22%, o setembro/22 valeu R$ 94,80 com valorização de 1,55%, o novembro/22 foi negociado por R$ 96,30 com alta de 0,63% e o janeiro/23 teve valor de R$ 98,01 com ganho de 0,06%.
No comparativo semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam perdas de 1,38% para o julho/22 e de 0,21% para o novembro/22, além elevação de 0,11% para o setembro/22 e de 0,20% para o janeiro/23, na comparação com a última sexta-feira (20).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a Bolsa Brasileira segue olhando o porto, que não conseguiu reagir devido ao dólar, e permanecendo acomodada.
“Ficou um pouco pra cima, um pouco pra baixo, e não se define. A colheita está andando, mas não tem aparecido muita oferta porque o produtor está entregando os contratos de exportação nessas primeiras colheitas e não está forçando ainda o mercado”, pontua Brandalizze.
Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais recuos do que elevações neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas no Porto de Santos/SP. Já as desvalorizações foram contabilizadas em Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT e Itiquira/MT.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com a colheita do milho avançando e as áreas já colhidas apresentando boas produtividades, a expectativa de boa safra faz com que o mercado continue sendo pressionado para baixo. Em Campinas/SP, o cereal é comercializado na média de R$ 87,00/sc”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) finalizou as atividades desta sexta-feira contabilizando movimentações positivas para os preços internacionais do milho futuro após acumular quedas nos últimos três pregões.
O vencimento julho/22 foi cotado à US$ 7,77 com valorização de 12,25 pontos, o setembro/22 valeu US$ 7,44 com alta de 10,75 pontos, o dezembro/22 foi negociado por US$ 7,30 com ganho de 11,25 pontos e o março/23 teve valor de US$ 7,33 com elevação de 11,00 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (26), de 1,57% para o julho/22, de 1,36% para o setembro/22, de 1,67% para o dezembro/22 e de 1,52% para o março/23.
No comparativo semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam quedas de 0,13% para o julho/22, de 0,40% para o setembro/22, de 0,27% para o dezembro/22 e de 0,27% para o março/23, na comparação com a última sexta-feira (20).
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho da Bolsa de Chicago subiram nesta sexta-feira, apoiados por previsões de chuvas que podem retardar o final do plantio no Centro-Oeste dos Estados Unidos.
“O plantio dos últimos 5% a 10% da safra será crítico e a previsão do tempo para essas áreas não é tão boa. Parece agora que a maioria dos acres restantes serão plantados em junho ou não serão plantados, o que poderá ter um impacto significativo na oferta e no balanço dos EUA”, disse Tomm Pfitzenmaier, analista da Summit Commodity Brokerage em Iowa, em nota para clientes.
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