Colheita da 2ª safra de milho começa no Paraná; previsão é de 16 milhões de toneladas
A colheita da segunda safra de milho começou no Paraná. Ainda não alcançou o ritmo desejado, mas a expectativa é que, a partir da segunda quinzena do mês, haja aceleração. O assunto está no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente ao período de 10 a 15 de junho. O documento é preparado por técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
De acordo com os dados da semana, foi colhido 1% da área total estimada em 2,7 milhões de hectares para o ciclo. Se as condições climáticas colaborarem e houver redução de chuvas, há expectativa de avanço significativo nesta segunda quinzena de junho. De acordo com os técnicos de campo, neste momento, 32% da área está em fase de maturação, 62% em frutificação e 5% em floração.
Para a safra nacional de milho 2021/22, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima 115,2 milhões de toneladas. A última safra foi bastante castigada pelas adversidades climáticas. A alta expressiva de 32% que se observa agora é uma recomposição daquelas perdas.
A previsão é que o Paraná tenha uma produção recorde de 16 milhões na segunda safra. Somado aos pouco mais de 2,9 milhões de toneladas da primeira safra, o Estado será responsável por quase 19 milhões de toneladas, mantendo-se na segunda posição nacional.
TRIGO E SOJA – O boletim registra, ainda, que o relatório “Wasde”, divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, apontou recuo na produção de trigo na Índia. Se houver confirmação no campo, a produção mundial pode se reduzir para 773,4 milhões de toneladas, ou 4 milhões a menos que no ciclo anterior.
No caso da soja, o documento diz que a previsão atualizada da Conab é de que o Brasil produza 124,3 milhões de toneladas, o que representa 13,9 milhões a menos que na safra anterior. Segundo o relatório, na região Sul a redução é de aproximadamente 45% na produção, totalizando pouco mais de 19 milhões de toneladas.
BOVINOS E AVES – A China suspendeu, recentemente, a importação de carne bovina de cinco plantas brasileiras, pertencentes à JBS e Marfrig, duas das mais importantes empresas do ramo no Brasil. Mas, aparentemente, isso não influenciou no preço da arroba do boi gordo. No Paraná, por exemplo, chegou a R$ 294,00 nesta semana.
Em relação à carne de frango, o registro é de abate de pouco mais de 1,5 bilhão de cabeças no primeiro trimestre de 2022, o que representou queda de 1,7% em relação ao mesmo período de 2021. No Paraná, foram abatidos 517,8 milhões de frangos entre janeiro e março, ou 6,5 milhões a menos que em 2021. O Estado responde por 33,6% do total nacional.
MANDIOCA – O boletim destaca também a dificuldade que os produtores de mandioca enfrentam para a colheita, em razão do volume grande de chuvas nas duas últimas semanas. Com menor oferta de matéria-prima para as indústrias, os altos preços aos produtores se mantêm.
Na última semana, eles receberam, em média, R$ 778,00 pela tonelada de mandioca entregue na indústria. Isso representa aumento de 1,2% em relação à semana anterior. Na safra 2021/22, a produção estimada é de 2,8 milhões de toneladas de mandioca em 130 mil hectares plantados no Paraná.
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