Milho fecha 4ªfeira em baixas na B3 diante de colheita a todo o vapor

Publicado em 27/07/2022 16:40
Chicago oscila ao longo do dia, mas fecha em alta olhando para o clima dos EUA

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A quarta-feira (27) chega ao final com os preços futuros do milho se mantendo no campo negativo da Bolsa Brasileira (B3) ao longo de todo o pregão. 

O vencimento setembro/22 foi cotado à R$ 86,51 com desvalorização de 1,12%, o novembro/22 valeu R$ 88,83 com queda de 1,10%, o janeiro/23 foi negociado por R$ 91,27 com baixa de 0,89% e o março/23 teve valor de R$ 92,51 com perda de 0,64%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a colheita da safrinha está a todo o vapor no Brasil com 75% das lavouras colhidas e indicação de safra cheia, o que torna a exportação a saída para o produtor. 

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho nesta quarta-feira teve um dia de poucos negócios, diante da volatilidade na Bolsa de Mercadorias de Chicago. “As atenções do mercado norte-americano seguem voltadas para o clima no cinturão produtor do país, que vem sofrendo com o tempo quente e seco. O dólar, por sua vez, abriu a sessão de hoje em queda moderada e, caso não haja algum movimento significativo no mercado, a tendência é de que não traga grande influência aos preços do cereal”. 

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado doméstico de milho registrou preços firmes com os agentes seguindo com um olho no trabalho de campo aqui no Brasil e o outro no clima nos Estados Unidos. 

Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais altas do que baixas nesta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas em Tangará da Serra/MT e Campo Novo do Parecis/MT. Já as valorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Rio do Sul/SC, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Dourados/MS, Eldorado/MS, Machado/MG e Cândido Mota/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “a paridade de exportação atuou anulando o movimento de queda no mercado doméstico influenciado pelo cenário internacional, levando valorização para a saca em Campinas ao patamar de R$81,50/sc.”   

Mercado Externo 

Já os preços internacionais do milho futuro tiveram uma quarta-feira de muitas oscilações na Bolsa de Chicago (CBOT), começando o dia em alta, passando a recuar e voltando ao campo positivo no final do pregão. 

O vencimento setembro/22 foi cotado à US$ 6,00 com valorização de 3,25 pontos, o dezembro/22 valeu US$ 6,03 com alta de 2,25 pontos, o março/23 foi negociado por US$ 6,10 com elevação de 2,50 pontos e o maio/23 teve valor de US$ 6,14 com ganho de 6,14 pontos. 

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última terça-feira (26), de 0,50% para o setembro/22, de 0,50% para o dezembro/22, de 0,49% para o março/23 e de 0,49% para o maio/23. 

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho foram negociados quase empatados, pressionados pelo trigo, mas sustentados pela erosão das condições das safras americanas. 

Chuvas recentes em partes do meio-oeste dos EUA ajudaram as lavouras de milho durante a polinização, mas a falta de umidade nas próximas previsões pode prejudicar as plantas de soja à medida que desenvolvem vagens, disse Brian Hoops, analista de mercado sênior da Midwest Market Solutions. 

“A previsão para agosto é de condições quentes e secas, o que prejudicaria o rendimento. Com os balanços já extremamente apertados, não podemos nos dar ao luxo de perder nenhum rendimento”. 

Já do outro lado, o trigo puxou para baixo com o avanço do acordo para reabrir as exportações marítimas de grãos ucranianos, apesar dos recentes ataques de mísseis da Rússia a instalações portuárias em Odesa e Mykolaiv 

“Eles estão dizendo que o grão pode estar fluindo no final desta semana. Isso colocou o mercado de trigo sob pressão”, disse Jeff French, proprietário da Ag Hedgers.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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