Milho salta 2% em Chicago nesta 3ªfeira de olho na colheita dos EUA

Publicado em 20/09/2022 16:40
B3 acompanha, mas maior volume de vendas segura

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A terça-feira (20) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações levemente altistas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 89,69 e R$ 96,00. 

O vencimento novembro/22 foi cotado à R$ 89,69 com valorização de 0,76%, o janeiro/23 valeu R$ 93,26 com ganho de 0,29%, o março/23 foi negociado por R$ 96,00 com elevação de 0,19% e o maio/23 teve valor de R$ 95,98 com alta de 0,26%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 corrigiu um pouco para cima acompanhando as altas que apareceram na Bolsa de Chicago, que olhou a colheita do milho nos Estados Unidos para se valorizar. 

Brandalizze destaca ainda que, novos negócios de venda estão acontecendo no Brasil, com os produtores aproveitando as boas oportunidades e de olho na próxima safrinha, que deverá ser a maior safrinha da história. 

“Está saindo mais milho para exportação, principalmente do Centro-Oeste. O pessoal está limpando os armazéns no Centro-Oeste porque está chovendo e plantando a soja, com colheita já no comecinho de janeiro, então o pessoal quer tirar os grãos e aproveitar esse momento”, diz. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho mais subiu do que caiu neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas em Cascavel/PR e Amambai/MS. Já as valorizações apareceram nas praças de Castro/PR, Brasília/DF, São Gabriel do Oeste/MS, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Paranaguá/PR. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “apesar do forte recuo do dólar nesta segunda-feira (19), a solidez das exportações brasileiras mantém o milho comercializado em Campinas/SP na faixa dos R$ 84,00/sc”. 

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de melhor ritmo nos negócios. “A alta do dólar frente ao real e os ganhos na Bolsa de Mercadorias de Chicago podem contribuir para uma movimentação mais efetiva na comercialização e para uma recuperação nos preços do cereal”. 

O mercado brasileiro de milho apresentou preços de estáveis a mais baixos nesta segunda-feira, já que a queda forte do dólar pressionou as cotações nos portos e houve ajustes em algumas praças ao produtor. Porém, como destaca a SAFRAS, a exportação permanece forte, e o mercado vai buscar o alinhamento à paridade de exportação nesse segundo semestre. 

“A queda nos preços do diesel é um fator favorável e pode baixar o custo do frete. Segue oneroso trazer milho para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, destaca a consultoria. 

Mercado Externo 

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) operou durante toda a terça-feira no campo positivo para os preços internacionais do milho futuro, que acumularam avanços de 2%. 

O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,92 com valorização de 13,75 pontos, o março/23 valeu US$ 6,96 com alta de 13,25 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,97 com ganho de 12,75 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,90 com elevação de 12,25 pontos. 

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (19), de 2,06% para o dezembro/22, de 1,90% para o março/23, de 1,90% para o maio/23 e de 1,77% para o julho/23. 

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho em Chicago se firmaram, apoiados pelo progresso mais lento do que o esperado na colheita dos Estados Unidos. 

A colheita de milho dos EUA estava 7% concluída no domingo, disse o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) após o fechamento do mercado de segunda-feira, abaixo de uma estimativa média de 10% registrada em uma pesquisa da Reuters. 

“Preparamos o cenário para rendimentos mais baixos este ano. A demanda inicial é boa, e isso está ajudando”, disse Bill Lapp, fundador e presidente da Advanced Economic Solutions. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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