Produtor prefere vender soja do que milho e preços do cereal seguem sustentados no spot brasileiro
![]()
A segunda-feira (25) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações levemente positivas na Bolsa de Chicago (CBOT).
Segundo a análise da Agrinvest, os preços do milho acompanharam as altas vindas do trigo, que subiu nesta segunda-feira diante do forte ritmo de inspeções semanais para as exportações dos Estados Unidos, que vieram acima das 900 mil toneladas.
Outro fator de alta para o grão, destacado pelos analistas da consultoria, foram os dados do Pro Farmer Crop Tour, que trouxeram redução em relação as estimativas de produção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
“O Pro Farmer Crop Tour estimou a safra de milho dos EUA em 182,7 bushels por acre (bpa), notavelmente abaixo da estimativa de 188,8 bpa do USDA. Vale lembrar que os números do USDA refletiam o potencial de produtividade em 1º de agosto, enquanto os números do Pro Farmer refletiam o potencial de produtividade três semanas depois, quando a seca e as doenças começaram a comprometer o potencial de produtividade da safra. Esses dois fatores são difíceis de quantificar até a colheitadeira começar, embora a extensa amostragem de campo do USDA na próxima semana deva nos dar uma ideia do impacto”, apontou Cassidy Walter, analista do site internacional Successful Farming.
O vencimento setembro/25 foi cotado a US$ 3,89 com alta de 1 ponto, o dezembro/25 valeu US$ 4,12 com ganho de 0,75 ponto, o março/26 foi negociado por US$ 4,29 com elevação de 1 ponto e o maio/26 teve valor de US$ 4,40 com valorização de 1,5 ponto.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última sexta-feira (22), de 0,26% para o setembro/25, de 0,18% para o dezembro/25, de 0,23% para o março/26 e de 0,34% para o maio/26.
Mercado Brasileiro
Já para a Bolsa Brasileira (B3), a segunda-feira foi de movimentações negativas sendo registradas para os preços futuros do milho.
De acordo com a análise da Agrinvest, a semana começou com os preços do milho recuando na B3 enquanto o mercado olha para um ritmo de exportações brasileiros mais fraco do que o esperado. “Os EUA seguem como opção mais barata para o milho, o que cria mais um impasse para o andamento das exportações brasileiras”.
Mesmo assim, os dados Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira mostram embarques brasileiros de milho com ritmo superior aos registrados no mesmo período de 2024.
Nos 16 primeiros dias de agosto o país já exportou 4.960.155,3 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), o que corresponde 81,8% do volume exportado em agosto de 2024, que foi de 6.063.155,3 toneladas. A média diária de embarques ficou em 310.027,1 toneladas, um avanço de 12,5% frente às 275.598 toneladas por dia útil registradas no ano passado.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
O vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 66,09 com queda de 0,02%, o novembro/25 valeu R$ 69,50 com alta de 0,07%, o janeiro/26 foi negociado por R$ 71,58 com perda de 0,04% e o março/26 teve valor de R$ 73,50 com baixa de 0,41%.
No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho permaneceu praticamente inalterado neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em Sorriso/MT.
0 comentário
Futuros do milho acumulam queda semanal de até 2,7% na B3 com mercado já olho no fim de ano
Mercado do milho com poucas movimentações já entrando em ritmo de final de ano
Milho segue a soja e abre a sexta-feira recuando em Chicago
Fraqueza do dólar traz suporte e cotações do milho de Chicago se valorizam nesta quinta-feira
Futuros do milho sobem em Chicago ao longo desta quinta-feira
Seguindo Chicago e entrando no ritmo de fim de ano, milho da B3 cai até 2,2% nesta quarta-feira