B3 segue mercado internacional o milho fecha segunda-feira caindo mais de 1%
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A segunda-feira (22) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
De acordo com a análise da Agrinvest, esse foi um dia generalizado de perdas para soja e trigo, o que acabou influenciando negativamente também no milho. O principal motivo de baixa foi o anúncio de que a Argentina vai reduzir para zero as retenciones para todos os grãos e derivados de soja.
“A Argentina vai continuar vendendo bem farelo e soja na exportação. Se o farmer selling na Argentina acelerar, a China vai precisar menos ainda dos Estados Unidos para a janela de final de ano”, apontam os analistas da consultoria.
O vencimento dezembro/25 foi cotado a US$ 4,21 com baixa de 2,25 pontos, o março/25 valeu US$ 4,38 com perda de 2,50 pontos, o maio/26 foi negociado por US$ 4,48 com desvalorização de 2,50 pontos e o julho/26 teve valor de US$ 4,54 com queda de 2,50 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (19), de 0,53% para o dezembro/25, de 0,57% para o março/26, de 0,55% para o maio/26 e de 0,55% para o julho/26.
Mercado Interno
Os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3) também finalizaram o pregão desta segunda-feira contabilizando movimentações negativas.
As posições do cereal brasileiro acompanharam a queda do milho de Chicago e nem mesmo um dólar mais forte ante ao real no pregão de hoje foi capaz de sustentar o ativo na B3.
“A pressão vem da decisão do governo argentino em zerar as retenciones de grãos até o final de outubro, o que deve estimular o farmer selling. Com a aceleração das vendas de exportação da Argentina e o milho norte-americano ainda bastante competitivo, fica cada vez mais difícil de o Brasil acelerar seu programa de exportação”, afirmar os analistas da Agrinvest.
Até o momento em setembro, o Brasil exportou 4.730.645,5 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), volume que a corresponde a 73,66% do volume total exportado em setembro de 2024, que foi de 6.421.949,9 toneladas.
Nestes 15 primeiros dias do mês, o país embarcou 315.376,4 toneladas, um aumento de 3,1% frente às 305.807,1 toneladas por dia útil registradas no ano passado. Na visão de Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, as exportações brasileiras ainda estão lentas devido aos preços baixos pagos no porto, o que também ajuda a deixar o mercado nacional mais lateralizado.
“Exportação lenta em função de câmbio e em função também do produtor não aceitar os preços que estão sendo praticados. Hoje a gente vai ver exportação numa faixa aí de R$ 65,00 ou R$ 66,00 no porto. Tem empresa que já não está comprando mais para outubro, já está vendo para novembro”, aponta.
O analista destaca que, no cenário atual, o Brasil é uma originação menos atrativa do que outros concorrentes, o que tira demanda do grão nacional.
“O Brasil hoje, em termos de preço, perde para Argentina e para os Estados Unidos. Então, nós estamos vendo os Estados Unidos avançar nas suas exportações, atendendo uma demanda que vem do mercado internacional, inclusive ocupando espaço do próprio Brasil, e pode ser que a gente não consiga exportar o que a gente precisaria para tirar o excedente do país. O que a gente espera é uma exportação de 40 milhões de toneladas, mas a gente precisava exportar algo ao redor de 55 milhões de toneladas”, alerta Rafael.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
O vencimento novembro/25 foi cotado a R$ 66,56 com queda de 1,17%, o janeiro/26 valeu R$ 69,30 com desvalorização de 1,21%, o março/26 foi negociado por R$ 72,38 com baixa de 1,12% e o maio/26 teve valor de R$ 71,18 com perda de 0,93%.
No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho se movimentou pouco nesta segunda-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em Sorriso/MT.
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