B3 se apoia em Chicago e dólar e fecha 4ªfeira com altas para o milho

A quarta-feira (22) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro registrando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT). 

Segundo a análise da Agrinvest, os preços do milho fecharam a quarta-feira com valorizações na CBOT, apesar da colheita avançando nos Estados Unidos. 

“Os produtores estão mais comedidos na venda, já que a produtividade parece estar menor do que se esperava e ainda há incerteza em relação a ajuda financeira de Trump ao setor”, destacam os analistas da consultoria. 

“Além disso, o milho da Argentina apresenta ritmo lento de comercialização e o Brasil segue menos competitivo em relação aos Estados Unidos no curto prazo”, acrescenta a Agrinvest. 

O vencimento novembro/25 foi cotado a US$ 4,23 com valorização de 3,25 pontos, o março/26 valeu US$ 4,35 com alta de 2 pontos, o maio/26 foi negociado por US$ 4,43 com elevação de 1,75 ponto e o julho/26 teve valor de US$ 4,50 com ganho de 1,75 ponto. 

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última terça-feira (21), de 0,77% para o dezembro/25, de 0,46% para o março/26, de 0,40% para o maio/26 e de 0,39% para o julho/26. 

Mercado Interno 

Na Bolsa Brasileira (B3), a quarta-feira também foi dia de movimentações positivas para os preços futuros do milho. 

A análise da Agrinvest aponta que essas valorizações registradas no pregão de hoje se deram com o apoio das altas registradas na CBOT e das flutuações do câmbio, com o dólar subindo ante ao real. 

Outro fator de apoio para o mercado brasileiro vem da turbulência enfrentada pela Argentina. “As incertezas em relação ao peso argentino e o futuro das eleições do país, que ocorrerá no próximo domingo, estão causando lentidão no farmer selling do milho e redução na oferta de farelo”, disse a consultoria 

De acordo com os analistas da Agrinvest, este contexto é favorável para o milho brasileiro no mercado internacional, já que “o Brasil está conseguindo se manter como uma origem interessante na exportação para países do MENA”. 

Enquanto isso, no mercado interno, “os preços continuam firmes em boa parte das praças, sustentados pela demanda interna, especialmente das usinas de etanol”, afirma a consultoria. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira  

O vencimento novembro/25 foi cotado a R$ 68,59 com alta de 0,15%, o janeiro/26 valeu R$ 71,55 com ganho de 0,35%, o março/26 foi negociado por R$ 73,08 com elevação de 0,37% e o maio/26 teve valor de R$ 72,11 com valorização de 0,42%. 

No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho ficou praticamente inalterado neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização somente na praça de São Gabriel do Oeste/MS.