Apesar de perder força, valorização segue presente e milho sobe em Chicago nesta segunda-feira
![]()
A segunda-feira (3) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro registrando movimentações levemente positivas na Bolsa de Chicago (CBOT).
A análise da Agrinvest destaca que as altas do milho na CBOT perderam força após as cotações atingirem quase as máximas de quatro meses no início da semana passada.
“Apesar do alívio nas tensões entre Estados Unidos e China, o mercado não espera que o acordo inclua compras chinesas de milho”, afirmam os analistas da consultoria.
Do lado positivo da balança, o fator que segue trazendo sustentação ao milho norte-americano é o bom desempenho das exportações. O site internacional Barchart relatou que os embarques de exportação de milho durante a semana que terminou em 30 de outubro somaram 1,669 milhão de toneladas.
“Isso representa um aumento de 34,31% em relação à semana anterior e mais que o dobro da mesma semana do ano passado”, afirmou a publicação.
O México foi o principal destino, com 512.336 toneladas, seguido pela Coreia do Sul com 282.975 toneladas e o Japão com 208.955 toneladas. As exportações para o ano comercial de 2025/26 totalizam agora 12,257 milhões de toneladas desde 1º de setembro, o que representa um aumento de 63,99% em relação ao mesmo período do ano passado.
O vencimento dezembro/25 foi cotado a US$ 4,34 com alta de 2,75 pontos, o março/26 valeu US$ 4,46 com elevação de 2,75 pontos, o maio/26 foi negociado por US$ 4,55 com valorização de 3,50 pontos e o julho/26 teve valor de US$ 4,62 com ganho de 3,50 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (31), de 0,64% para o dezembro/25, de 0,62% para o março/26, de 0,77% para o maio/26 e de 0,76% para o julho/26.
Mercado Interno
Os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3) também encerraram as atividades desta segunda-feira com flutuações positivas, após um dia de volatilidade entre altas e baixas.
“O cenário segue marcado por estoques elevados, farmer selling lento e preços acima da paridade. Em outubro, o Brasil exportou 5,6 milhões de toneladas, lideradas pelo Irã (1,4 milhão) e Egito (1,3 milhão), abaixo de setembro (7 milhões) e em linha com outubro de 2024”, apontam os analistas da Agrinvest.
No cenário de campo, as atenções estão voltadas para o risco climático imediato na região Sul do Brasil, conforme destaca a análise da Grão Direto.
“As lavouras do Paraná, que se desenvolviam em condições quase perfeitas, estão agora na rota de chuvas excessivas previstas de mais de 120mm. Este volume extremo de água pode causar perdas significativas no stand das plantas e impactar o desenvolvimento das plantas”.
Os analistas da consultoria ressaltam também as preocupações já em relação a segunda safra, que será semeada em 2026. “O atraso no plantio da soja no Centro-Oeste, causado pela seca e calor, significa que a colheita da oleaginosa também será tardia. Isso empurra o plantio da safrinha para fora da janela climática ideal, elevando o risco de perdas por seca”.
Por fim, a nota da Grão Direto aponta que a demanda interna deverá continuar sendo o grande piso de sustentação dos preços no Brasil. “A competição acirrada entre as usinas de etanol e o setor pecuário pela matéria-prima tende a manter as cotações na B3 e no mercado físico aquecidas, descoladas das pressões da safra recorde americana e mais dependentes das necessidades da indústria local”.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
O vencimento novembro/25 foi cotado a R$ 68,41 com alta de 0,54%, o janeiro/26 valeu R$ 72,25 com valorização de 1,13%, o março/26 foi negociado por R$ 74,13 com elevação de 0,69% e o maio/26 teve valor de R$ 73,21 com ganho de 0,15%.
No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho teve mais altas do que baixas neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em Campo Novo do Parecis/MT. Já as valorizações apareceram em Tangará da Serra/MT, Sorriso/MT, Itapetininga/SP e Campinas/SP.
0 comentário
Futuros do milho acumulam queda semanal de até 2,7% na B3 com mercado já olho no fim de ano
Mercado do milho com poucas movimentações já entrando em ritmo de final de ano
Milho segue a soja e abre a sexta-feira recuando em Chicago
Fraqueza do dólar traz suporte e cotações do milho de Chicago se valorizam nesta quinta-feira
Futuros do milho sobem em Chicago ao longo desta quinta-feira
Seguindo Chicago e entrando no ritmo de fim de ano, milho da B3 cai até 2,2% nesta quarta-feira