Milho fecha sexta-feira próximo da estabilidade em Chicago, mas acumula desvalorização semanal
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A sexta-feira (21) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações praticamente estáveis ao longo do pregão e acumulando recuos semanais.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os contratos futuros ampliaram a fraqueza dos dois dias anteriores, acompanhando a tendência da soja, porém foram sido sustentados por mercados à vista firmes, exportações robustas e menor pressão sobre a colheita.
“No entanto, com a falta de novas notícias otimistas e fundamentos de oferta pessimistas a longo prazo, o mercado está oferecendo cada vez menos incentivo aos compradores”, destaca Bruce Blythe, analista da Farm Futures.
A publicação ainda destaca que a alta dos preços foi limitada pela perspectiva de uma safra recorde, que deve impulsionar a oferta dos Estados Unidos para o maior nível em sete anos em 2026. Na última sexta-feira, o USDA estimou a produtividade média nos EUA em 186 bushels por acre, acima do esperado, e fixou a produção em 16,752 bilhões de bushels, o que representaria um aumento de 12% em relação à safra de 2024.
O vencimento dezembro/25 foi cotado a US$ 4,25 com desvalorização de 1 ponto, o março/26 valeu US$ 4,37 com perda de 0,25 ponto, o maio/26 foi negociado por US$ 4,44 com baixa de 0,50 ponto e o julho/26 teve valor de US$ 4,50 com queda de 0,25 ponto.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (20), de 0,23% para o dezembro/25, de 0,06% para o março/26, de 0,11% para o maio/26 e de 0,06% para o julho/26.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram quedas de 1,1% para o dezembroq25, de 1,46% para o março/26, de 1,66% para o maio/26 e de 1,64% para o julho/26, com relação ao fechamento da última sexta-feira (14).
Mercado Interno
Os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3) também tiveram uma sexta-feira de poucas movimentações e acumularam variações em campo misto ao longo da semana.
O analista de mercado da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, destaca que as cotações do cereal brasileiro já vêm apresentando este movimento bastante lateralizado nas últimas semanas e a tendência deve permanecer para essa reta final de 2025.
“O mercado permaneceu pouco movimentado, ainda mais em uma semana que tivemos feriado. O mercado está bem esvaziado, com algumas empresas consumidoras fazendo ponte, os produtores também seguindo no plantio. Então o mercado segue lateralizado, sem grandes mudanças. Agora estamos entrando em um momento que é crítico, principalmente na logística, o período de festas, que esse ano a gente vamos ter o Natal e o ano novo, na quinta-feira e as vésperas na quarta. Então praticamente duas semanas que nós vamos ter algumas dificuldades principalmente na questão logísticas”, aponta.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho teve mais ganhos do que perdas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas em Sorriso/MT e percebeu valorizações em Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Itapetininga/SP e Campinas/SP.
O vencimento janeiro/26 foi cotado a R$ 71,20 com alta de 0,42%, o março/26 valeu R$ 72,50 com ganho de 0,22%, o maio/26 foi negociado por R$ 71,78 com elevação de 0,38% e o julho/26 teve valor de R$ 69,98 com valorização de 0,59%.
No acumulado semanal as prosições do cereal brasileiro registraram perdas de 0,10% para o novembro/25, de 0,14% para o março/26 e de 0,04% para o maio/26, além de altas de 0,35% para o janeiro/26 e de 0,33% para o julho/26, com relação ao fechamento da última sexta-feira (14).
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